Deputado do União se reúne com ministro de Lula após morte de cão em avião

O deputado federal Fernando Marangoni (União-SP) se reuniu com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para endurecer a legislação que trata do transporte de animais em aviões. O encontro se deu depois da morte do cão Joca, um cachorro da raça golden retriever, de 5 anos. Ele estava sob os cuidados da Gollog, empresa da companhia Gol.

A morte do cão foi na última segunda-feira 22 e repercutiu nacionalmente. O deputado salientou que atualmente, a legislação vigente é a Portaria nº 12.307 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determina que a companhia aérea que oferece o serviço é responsável pela segurança dos animais.

+ Leia mais notícias de Política em Oeste 

“A gente viu a notícia do episódio lamentável, mas não é o primeiro que acontece”, disse Marangoni depois de reunião com o ministro nesta quarta-feira, 24, sobre a morte do cão. “Constantemente a gente recebe denúncias dessas irregularidades e maus-tratos no transporte aéreo.”

No último encontro, Marangoni cobrou que o ministro aprecie e apresente melhorias no texto do Projeto de Lei (PL) 3759 de 2020, o qual estabelece regras mais duras às companhias aéreas para o transporte de animais domésticos e de suporte emocional em voos nacionais e internacionais.

O primeiro encontro com o ministro se deu na noite de terça-feira 23, depois da repercussão do caso. Também participaram o deputado estadual Rafael Saraiva (União Brasil-SP) e Tiago Sousa, diretor presidente da Anac.

Segundo o deputado Saraiva, “o que era para ser uma viagem simples de avião” virou um “pesadelo” para o Joca, a família e “todos os que estão envolvidos com a causa animal” por uma “negligência” da empresa. 

De acordo com Marangoni, a Anac notificará e investigará a companhia Gol pelo caso. “O ministro está empenhado com a regulamentação, assim como em penalizar dentro do que couber à Anac a companhia aérea”, afirmou.

A Oeste procurou a companhia Gol para comentar o caso, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Morte de cão depois de erro em trajeto

Na segunda-feira 22, Joca deveria ter sido levado do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop (MT), mas foi colocado em um avião que embarcou para Fortaleza (CE). 

Depois de identificada a falha pela companhia aérea, o animal foi mandado de volta para São Paulo. Quando o seu tutor, o engenheiro João Fantazzini, chegou para encontrá-lo, mas Joca já estava morto. 

Uma publicação compartilhada por João Fantazzini (@jfantazzini)

Segundo o tutor, o veterinário tinha dado um atestado indicando que o cachorro suportaria uma viagem de duas horas e meia. Entretanto, com o erro, ficou quase oito horas no avião. 

“O meu amor foi assassinado, minha melhor escolha, o amor da minha vida”, escreveu João nas redes sociais. “Você foi muito novo! Eu me lembro do dia que eu te peguei e a nossa conexão foi momentânea! Meu filho, me perdoa por ter sido egoísta de querer você ao meu lado! Você é o amor da minha vida para sempre! Minha saudade vai ser diária.”

Para Marangoni, “não foi só erro de trajeto”. A companhia também errou em outros aspectos. “O Joca ficou no aeroporto de Fortaleza sem a menor assistência e voltou sem uma avaliação de veterinário. Hoje estamos aí a bel prazer das companhias aéreas”, destacou.

Ajude a manter online o Litoral Hoje fazendo uma pequena doação por PIX. Utilize a chave PIX CNPJ 45.315.952/0001-32. Ou deposite na conta: Banco Original – 212 – Agência 0001 – Conta 7296983-0. Agradecemos a sua colaboração.

Fonte: Revista Oeste


Você pode gostar também de