CPI da Braskem: senador sugere que Renan Calheiros seja ouvido como investigado

Rival político do depois de não ter sido escolhido como relator.

“Talvez ele [Renan] volte, porque nós aqui ouvimos falar que esse problema não começou agora”, disse Cunha, durante a sessão de hoje do colegiado. “Ele foi presidente da Salgema, que é a atual Braskem. Tem, sim, que dar explicações. Então, no momento certo, pode ser que ele volte para cá, mas não como investigador e sim como investigado.”

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Cunha comentava uma declaração do relator da CPI, senador Rogério Carvalho (PT-SE), que parabenizou Renan pela iniciativa de criação do colegiado. A comissão pretende investigar a Braskem, que foi a responsável pela extração de sal-gema de mina que ameaça desabar em Maceió, capital de Alagoas. Então, Cunha criticou o emedebista.

“Não posso corroborar com essa parabenização, porque todos aqui demonstraram que o que aconteceu não aconteceu com a mina 18, aconteceu há bastante tempo”, declarou. “Em 2018, nós tivemos um terremoto. De lá para cá, se buscar nos anais da Casa, em cinco anos, não tem uma frase, não tem um discurso, não tem uma ação do Senador Renan Calheiros em defesa do povo de Alagoas, ou por se preocupar com responsabilizar a Braskem.”

Conforme Cunha, Renan pediu para sair da comissão “porque perdeu o palanque político”. “Porque foi omisso durante cinco anos e viu que não poderia ter um retorno político”, continuou.

Antes da instalação da comissão, Cunha apontou a suspeição de Renan na CPI da Braskem. Além de ter presidido a Salgema na década de 90, Renan Calheiros é pai o atual ministro dos Transportes, Renan Filho, que foi governador de Alagoas por dois mandatos.

CPI da Braskem iniciar depoimentos com especialistas

O colegiado iniciou nesta manhã a rodada de depoimentos da comissão. Os primeiros a serem ouvidos foram: O engenheiro civil e professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Abel Galindo Marques; José Geraldo Marques, que era morador do bairro Pinheiro e foi o primeiro a ser evacuado; e a professora Natallya Almeida Levino, da Universidade Federal de Alagoas.

Os depoentes afirmam que os riscos de afundamento eram conhecidos desde os anos 70 e que as rachaduras nas casas das regiões começaram a surgir em 2008. Em 2019, os moradores de alguns bairros localizados sobre as cavidades subterrâneas passaram a ser evacuados sob risco de desabamento do solo.

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Fonte: Revista Oeste


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