Blinken diz a Lula que não há genocídio em Gaza

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chefe da diplomacia norte-americana, afirmou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que os Estados Unidos discordam das acusações do petista de que Israel comete genocídio na Faixa de Gaza.

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O presidente brasileiro criou uma crise diplomática com Israel ao afirmar, no domingo 18, que a ação de Israel contra os palestinos se assemelha ao Holocausto judeu promovido pelo regime nazista de Adolf Hitler.

Lula foi declarado persona non grata por Israel. Sem se desculpar, o governo brasileiro convocou o embaixador brasileiro em Tel-Aviv, o que indica a possibilidade de rompimento de relações diplomáticas.

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Para contrapor o petista, Blinken fez um relato pessoal ao petista da história de seu padrasto, Samuel Pisar, sobrevivente de campos de concentração nazista. Judeu, Pisar foi mandado para Auschwitz ainda criança. A reunião entre os dois foi na quarta-feira 21, no Palácio do Planalto.

Relatos à imprensa de pessoas que acompanharam a reunião informam que, apesar de Blinken ter reafirmado a posição norte-americana de que não há genocídio em Gaza e contado a história do padrasto, não mencionou diretamente a fala de Lula na Etiópia.

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O governo norte-americano informou na quarta-feira que a fala de Lula foi discutida na reunião e reafirmou que não concorda com as críticas do petista.

“O secretário teve a oportunidade de discutir os comentários com o presidente Lula hoje [quarta 21], no seu encontro, no contexto da discussão ampla sobre o conflito em Gaza, e deixou claro, como eu fiz ontem [terça 20], que são comentários com os quais não concordamos”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em entrevista coletiva em Washington. Ele já tinha afirmado a posição da Casa Branca de que “não acreditamos que o que tem ocorrido em Gaza seja genocídio”.

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Em uma nota, a diplomacia norte-americana afirmou que o secretário “discutiu o empenho dos EUA em relação ao conflito em Gaza, incluindo o trabalho urgente com parceiros para facilitar a libertação de todos os reféns e para aumentar a assistência humanitária e melhorar a proteção dos civis palestinos”.

Na reunião, o secretário dos EUA também defendeu a criação de um Estado da Palestina, mas ressaltou outros tópicos já públicos da diplomacia norte-americana, entre eles a de que preocupações de segurança de Israel precisam ser consideradas.

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Fonte: Revista Oeste


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