Mais de 60% das rodovias do Brasil estão em condições inadequadas

Mais de 60% das rodovias brasileiras estão em condições inadequadas para circulação, segundo um levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) nesta quinta-feira, 2. Desse grupo, mais de 90% são rodovias públicas, entre federais e estaduais. O estudo analisou 109 mil quilômetros da malha em todo o país.

De acordo com a CNT, os custos operacionais para os usuários em rodovias públicas aumentam mais de 35% em razão de fatores como sinalizações ruins e baixa qualidade de pavimentação. Entre as rodovias concedidas à iniciativa privada, por sua vez, o aumento médio é de apenas 16%.

O alto custo para os transportadores reduz a rentabilidade das empresas, o que pode representar um desincentivo para a realização da atividade. Esse aumento ainda pode ser repassado para o preço das cargas e da movimentação de passageiros, o que resultaria num custo maior tanto para as empresas quanto para as famílias. Isso prejudicaria todos os brasileiros.

Análise por região

As rodovias federais pavimentadas estão distribuídas nas grandes regiões do país segundo sua extensão. Concentram-se, assim, cerca de 68% da extensão nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Os restantes 32% da malha federal localizam-se nas regiões Norte e Centro-Oeste.

O estudo mostra que, se analisada a densidade da malha rodoviária federal pavimentada por região, destaca-se a Região Sul, seguida por Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. Em seu conjunto, essas regiões representam quase 55% da área do país. A Região Norte, particularmente, tem extensão reduzida de rodovias pavimentadas, sobretudo quando avaliada proporcionalmente à sua extensa área, que ocupa mais de 45% do território.

“Os resultados negativos nas avaliações indicadas, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos, decorrem de deficiências no planejamento, na execução e na manutenção das rodovias”, destaca a entidade.

Leia mais: “O caso Ferrogrão: como uma decisão do STF pode tirar o país dos trilhos”, reportagem de Fábio Matos publicada em Oeste


Fonte: Revista Oeste


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