Justiça decide despejar Naji Nahas de mansão em São Paulo
A Justiça de São Paulo determinou na quarta-feira 24 que o empresário Naji Nahas deve deixar a mansão em que vive há quase 40 anos, nos Jardins, bairro nobre da capital paulista.
Segundo a decisão judicial, o imóvel deve ser devolvido à Companhia Pebb de Participações, que teria cedido o imóvel a Nahas, em comodato, sob a condição de que ele pagasse os impostos.
O mandado foi expedido para cumprimento imediato. A decisão foi publicada na sexta-feira 26 pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Até o fim da tarde de ontem, Naji Nahas ainda não tinha sido notificado sobre a decisão.
Em setembro, a mansão do empresário foi palco de um jantar em homenagem ao ex-presidente o próprio Temer e diversos personagens da política brasileira e internacional. O vídeo viralizou nas redes sociais.
André Marinho vira “bobo da corte” de Temer, Kassab, João Saad (CEO da Band), Roberto D’Ávila, José Yunes e cia… pic.twitter.com/D3rbkpowdO
— Liberdade Direita LDR (@liberdadeldrbr) September 14, 2021
De acordo com os autores da ação, o sócio-fundador da Pebb, Luiz Affonso Otero, ficou “sensibilizado com a precária situação financeira” de Nahas e adquiriu o imóvel com o único objetivo de permitir que o empresário ficasse na mansão.
A pedido de Nahas, Otero arrematou a propriedade em 1999. Segundo testemunhas, isso foi feito sem a formalização do comodato, “dada a importância atribuída à palavra da credora”. Otero já morreu.
Em 2019, os atuais sócios da Pebb foram à Justiça para exigir a reintegração de posse do imóvel, alegando que Nahas não pagava o IPTU. A dívida com a prefeitura de São Paulo somaria algo em torno de R$ 5 milhões.
Depois de perder em primeira instância, a Pebb recorreu e obteve decisão favorável em segunda instância. Nahas, por sua vez, nega o comodato verbal gratuito. O empresário ainda pode recorrer ao próprio TJ-SP e a tribunais superiores, mas precisa obter uma liminar para impedir o despejo até a decisão judicial definitiva.
Com informações do jornal Folha de S.Paulo
Fonte: Revista Oeste