Luiz Fernando da Costa, traficante conhecido como Fernandinho Beira-Mar, está alegando insanidade mental para sair da cadeia.
Graças à sua equipe de defesa, ele passou por uma perícia psiquiátrica nos últimos dias.
Fernandinho Beira-Mar está na penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A defesa do traficante alega que ele está em condição mental de insanidade por causa das condições a que está exposto na prisão.
O traficante chegou a afirmar, em 2021, que estaria sendo vítima de maus-tratos no Presídio Federal de Campo Grande.
O Departamento Penitenciário Nacional(Depen) alegou que as denúncias de Fernandinho Beira-Mar são “improcedentes”. Em um vídeo, o criminoso disse que ficou seis meses em uma cela isolada quando foi transferido para a unidade, em setembro de 2019.
A administração do presídio disse que o isolamento do traficante foi necessário para fazer uma análise do perfil de Fernandinho Beira-Mar, por causa da hierarquia entre os presidiários.
O traficante também reclamou de falta de luz na cela, o que ele chamou de “forma de tortura”. “Só quero ter o direito de ter um ambiente salubre para eu poder ler, poder estudar”, disse ele. “Estava numa cela escura, sem condição de leitura.”
Fernandinho Beira-Mar ficou quatro meses sem assistência jurídica por causa da pandemia. Ele fez uma greve de fome para falar com um advogado. E disse à defesa que foi vítima de abuso de autoridade na enfermaria que ficou internado depois que acabou sua greve.
Ele é um dos maiores traficantes do Brasil e está preso desde 2001. Fernandinho Beira-Mar tem 56 anos e alega querer fazer tratamento psicológico fora da prisão. O traficante também diz que sente falta dos seis filhos biológicos e dos 11 adotivos.
Em 2007, a Polícia Federal (PF) descobriu que ele continuava comandando o tráfico em favelas do Rio de Janeiro de dentro da cadeia. Na época, 19 envolvidos foram presos.
O advogado dele, Luiz Gustavo Bataglin, disse ao portal g1 que não pode comentar o pedido de Beira-Mar para sair da prisão, mas confirmou que consultaram profissionais.
Revista Oeste
Fonte: TBN