Conheça os livros ‘proibidos’ que o governo de Santa Catarina não quer que alunos das escolas leiam

O governo de Santa Catarina determinou na última quarta-feira (8) a retirada de nove livros de escolas públicas do estado. O comunicado assinado pelo supervisor de educação, Waldemar Ronssem Júnior, e pela integradora regional de educação, Anelise dos Santos de Medeiros, foi enviado às bibliotecas de toda a rede e pede o recolhimento das obras.

A lista gerou indignação nas redes sociais e uma nota oficial da secretaria de estado, que alega que a medida busca redistribuir títulos das unidades escolares da região. O comunicado enviado, enquanto isso, não dá uma justificativa para a retirada de títulos.

Ofício da Secretaria da Educação de Santa Catarina determina que não estejam acessíveis aos alunos livros de Stephen King e Anthony Burgess – Divulgação/Secretaria da Educação de Santa Catarina

Os livros incluídos no recolhimento são de gêneros diversos, desde obras de terror até de romance. Os temas também variam do sobrenatural a questões sociais como o bullying e a sexualidade.

Confira a seguir a lista de nove títulos proibidos pelo governo de Santa Catarina nas escolas públicas do estado.

O livro escrito pelo neurocientista Larry Young e o jornalista Brian Alexander discute o amor de um ponto de vista científico, explorando de maneira intelectualizada questões como atração física e ciúmes. A publicação da Best Seller reúne pesquisas e histórias reais e serve como uma compilação do porquê da humanidade sentir necessidade física e emocional pelo outro.

Publicado em 1978, o clássico noir de William Hjorstberg acompanha um detetive particular que é contratado para localizar um músico desaparecido de um hospital, onde se encontrava em estado catatônico. O percurso estranho do investigado e a figura exótica do contratante se somam a uma trama complexa que mistura magia e uma dívida mitológica. O livro, traduzido para o português pela editora Darkside, foi adaptado para os cinemas em 1987, com Robert De Niro e Mickey Rourke nos papéis principais.

Outro livro da Darkside, a obra de Richard Kelly foi lançada em 2003 e apresenta o roteiro do filme dirigido pelo autor em 2001, com Jake Gyllenhaal no elenco. A publicação traz ainda curiosidades das filmagens e um prefácio assinado por Gyllenhaal.

Mais uma obra publicada pela Darkside, o livro de Gerald Brittle serve de biografia ao casal de investigadores paranormais que virou base para a franquia de filmes “Invocação do Mal”. A obra reúne relatos de casos dos Warren, incluindo aparições de fantamas e possessões demoníacas.

O livro de Thomas B. Allen foi publicado em 1993 e traz o relato de um caso de exorcismo ocorrido em 1949. A história reconstitui a vida de Robert Mannheim, jovem de 14 anos que foi supostamente possuído pelo demônio e tratado pelo exorcista Bowdern. A obra foi publicada no Brasil pela Darkside em 2016.

Um dos livros mais famosos de Stephen King, o calhamaço de 1.104 páginas acompanha a jornada de um grupo de amigos que enfrenta uma entidade sobrenatural disfarçada de palhaço. A trama se passa em dois tempos: em 1958, quando o grupo encontra a criatura pela primeira vez, e em 1988, quando os sobreviventes se reúnem para retornar à cidade natal e derrotar de forma definitiva o ser. O livro já ganhou uma versão para a televisão, dirigida por Tommy Lee Wallace em 1990, e para os cinemas, comandada por Andy Muschietti e com duas partes.

Clássico da ficção científica, o livro de 1962 escrito por Anthony Burgess ganhou diversas reedições pela Aleph nos últimos anos. A história é uma sátira passada em uma distopia, onde o jovem líder de uma gangue inglesa é submetido a um tratamento experimental para torná-lo avesso à violência. A obra foi adaptada para os cinemas em 1971, com direção de Stanley Kubrick.

Editado no Brasil pela Ática, o livro escrito por Jay Ascher se tornou um best seller e ganhou uma série de três temporadas na Netflix, acumulando polêmicas pelo caminho. Na história, um jovem encontra um pacote de fitas cassetes gravadas por uma colega de classe que morreu por suicídio. Nas gravações, ela narra as razões que a levaram à tragédia, além de revelar detalhes terríveis dos alunos do colégio.

O livro publicado pela Record reproduz trechos do diário de Alfred Rosenberg, intelectual importante do nazismo alemão e parte do círculo mais íntimo de Adolf Hitler. O registro foi encontrado na Baviera no fim da Segunda Guerra Mundial, mas acabou desaparecido por décadas. Além do diário, a obra escrita por Robert K. Wittman e David Kinney reúne outros registros de Rosenberg, criando um relato detalhado das engrenagens do regime nazista.

Folha de SP

Ajude a manter online o Litoral Hoje fazendo uma pequena doação por PIX. Utilize a chave PIX CNPJ 45.315.952/0001-32. Ou deposite na conta: Banco Original – 212 – Agência 0001 – Conta 7296983-0. Agradecemos a sua colaboração.

Fonte: TBN


Você pode gostar também de