Na contramão do diesel, preço da gasolina e etanol evapora com quatro semanas consecutivas de queda nas bombas, aliviando o bolso do consumidor e motoristas de aplicativos

No mês de outubro de 2023, o mercado de combustíveis no Brasil apresentou comportamentos distintos, gerando diferentes cenários para os motoristas brasileiros. Por um lado, os preços da gasolina e do etanol sofreram quedas consecutivas, afetando positivamente o bolso dos consumidores e motoristas de aplicativo, mas, em contrapartida, o valor do diesel teve aumento e oscilações notáveis ao longo do mês, impactando negativamente o setor de transporte e logística do país.

A gasolina, um dos combustíveis mais utilizados no país, registrou uma queda de 1% em seu preço médio, atingindo uma média nacional de R$ 5,946 por litro. Essa variação foi especialmente perceptível na última semana de outubro, quando houve uma redução de 0,57% nos postos, levando o preço médio a R$ 5,881 por litro.

A queda nos preços da gasolina pode ser considerada uma boa notícia para os consumidores, aliviando parte do impacto no orçamento familiar. No entanto, para compreender melhor o cenário dos combustíveis em outubro, é fundamental analisar também as variações no preço do etanol e do diesel.

O etanol, conhecido como um combustível mais acessível e comum em veículos flex, apresentou uma redução ainda mais expressiva de 0,97% em seu preço médio em outubro, alcançando R$ 3,776 por litro. Na última semana do mês, houve uma queda de 0,48% nos postos, levando o preço médio a R$ 3,698 por litro.

Essa redução no preço do etanol é resultado de diversos fatores, incluindo o aumento na produção de cana-de-açúcar, matéria-prima para a fabricação desse combustível renovável. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Única) revelou que a moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena de outubro cresceu 17,64% em comparação com o mesmo período do ano passado.

O etanol hidratado, utilizado diretamente nos veículos, registrou um crescimento significativo na produção, com um aumento de 54,12% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esses dados indicam uma maior disponibilidade de etanol no mercado, contribuindo para a queda nos preços e tornando-o uma alternativa financeiramente vantajosa em diversas regiões do Brasil.

É importante destacar que as variações nos preços dos combustíveis não são uniformes em todo o território brasileiro. Diferentes estados apresentaram comportamentos distintos em outubro, influenciados por fatores como logística de distribuição, impostos, concorrência no mercado e disponibilidade de matérias-primas.

Por exemplo, o Distrito Federal teve o menor preço médio do litro da gasolina, com R$ 5,756, enquanto o Acre registrou a maior média, atingindo R$ 6,697. Essas diferenças podem ser explicadas por questões como a tributação estadual e a logística de transporte.

Para os motoristas que possuem veículos com motores flex, a oscilação de preços entre etanol e gasolina é crucial para determinar qual combustível é mais vantajoso. Segundo a ValeCard, o uso de etanol hidratado compensa financeiramente em relação à gasolina quando o preço do etanol é igual ou inferior a 70% do preço da gasolina.

Na semana de 27 de outubro a 02 de novembro, abastecer com etanol foi vantajoso em 15 unidades federativas, incluindo Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins. Essa análise considera as variações de preços em cada estado e as características individuais de consumo de cada veículo.

O diesel S-10, amplamente utilizado no transporte de carga e em frotas comerciais, teve um aumento de 0,22% nos preços em outubro, com uma média nacional de R$ 6,392 por litro. Na última semana do mês, houve um reajuste de 0,33% nos postos de combustíveis, elevando o preço médio para R$ 6,438.

Diversas unidades da federação registraram aumentos de preços em outubro, com o Amapá, o Amazonas e Sergipe apresentando as maiores altas. Por outro lado, o Rio Grande do Sul teve o menor preço médio do diesel, enquanto Roraima registrou o mais alto.

De acordo com o levantamento da ValeCard, o diesel teve um aumento menor em outubro devido às importações do combustível. No entanto, o cenário futuro é incerto, pois o reajuste nas refinarias da Petrobras a partir de 21 de outubro ainda não foi totalmente repassado aos consumidores, e fatores externos, como conflitos na Rússia, podem continuar impactando diretamente o preço do diesel no Brasil.

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Fonte: Click Petróleo e Gás


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