Indestrutível! Descubra o que há dentro da caixa preta de avião, que aguenta 3.500 vezes a força da gravidade, e como ela opera 

No coração da aviação, a caixa preta de avião, tecnicamente conhecida como gravador de voo, é um dispositivo que cativa a curiosidade de muitos. Ao contrário do que o nome sugere, esse equipamento é notavelmente laranja, uma escolha intencional para garantir sua visibilidade em casos de acidentes aéreos. Mas, o que exatamente encontramos dentro dessa caixa misteriosa e como ela funciona?

A caixa preta é dividida em duas partes principais: o gravador de dados de voo (Data Recorder) e o gravador de voz na cabine (Voice Recorder). Estes dispositivos são essenciais para a investigação de acidentes aeronáuticos, fornecendo informações cruciais que podem ajudar a melhorar a segurança da aviação.

O gravador de dados de voo capta informações a partir de múltiplos sensores espalhados pela aeronave, registrando parâmetros como altitude, velocidade e direção. Já o gravador de voz coleta as conversas na cabine de comando, além de possíveis sons de fundo, que podem ser vitais para esclarecer os eventos que levaram a um incidente.

Com o avanço tecnológico, a capacidade de armazenamento e a eficácia desses gravadores têm melhorado significativamente. Passamos da era da gravação em fita magnética e placas de aço com perfurações binárias para chips de memória altamente avançados, capazes de armazenar uma quantidade massiva de dados e áudio. Algumas caixas pretas modernas combinam ambos os gravadores em um único dispositivo, otimizando ainda mais o processo de coleta de dados.

O design robusto da caixa preta visa proteger sua memória interna contra as adversidades encontradas em um acidente aéreo. Feita de uma liga de aço e titânio, com uma camada interna de sílica para isolar do calor extremo, a caixa é projetada para sobreviver a impactos severos e temperaturas altíssimas. Ainda assim, possui limites: embora possa resistir a condições extremas, a integridade de seus dados pode ser comprometida por danos físicos ou exposição prolongada a ambientes adversos.

Apesar de sua aparente indestrutibilidade, a verdadeira joia da caixa preta é o chip de memória, que é minuciosamente examinado por especialistas em caso de acidentes. Equipamentos modernos, como microscópios especiais, permitem analisar a integridade física do chip, essencial para a recuperação de dados.

A origem do termo “caixa preta” é nebulosa, com várias teorias tentando explicar sua nomenclatura. Uma sugestão é que, nos primeiros dias de sua implementação, os detalhes técnicos desses dispositivos eram um mistério para muitos, incluindo os próprios pilotos, daí o termo “preta” associado ao desconhecido, isso nos anos 50, lógico que hoje em dia é bem melhor falar gravador de voo do que termos preconceituosos. Outra teoria aponta para a descrição de um jornalista após uma apresentação do dispositivo nos anos 50, enquanto alguns acreditam que o termo reflete a natureza sigilosa dos dados gravados.

A caixa preta de avião, ou gravador de voo, é um componente crítico na investigação de acidentes aeronáuticos, oferecendo insights valiosos para melhorar continuamente a segurança da aviação. Com a evolução da tecnologia, sua capacidade de coletar e preservar informações se tornou mais sofisticada, garantindo que mesmo nos momentos mais trágicos, possamos aprender e avançar para um céu mais seguro.


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Fonte: Click Petróleo e Gás


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