IMAGEM FORTE: cão perde parte do focinho após ser atacado por outro; VEJA FOTO

Um cachorro da raça Spitz Alemão perdeu parte do focinho após ser atacado por um cão da raça Bull Terrier em São José dos Campos (SP). O episódio viralizou nas redes sociais e é investigado pela Polícia Civil, que apura a responsabilidade do tutor do cão envolvido no ataque.

O caso aconteceu no último dia 9 de outubro, na Rua Professor José Antônio Coutinho Condino, no Jardim América, e foi denunciado pela tutora de Fox, que foi atacado. Desde então, o spitz alemão passou por três cirurgias e está internado em São Paulo.

“Ficamos em pânico, totalmente sem reação e a gente basicamente só gritava. O sentimento que a gente teve foi de pânico porque a gente nunca imaginou na nossa vida que alguma coisa dessa aconteceria”, afirmou Sofia Albuquerque, tutora de Fox.

No boletim de ocorrência registrado sobre o caso, as donas do cão atacado disseram que Fox estava no quintal de casa quando foi atacado pelo cão do vizinho.

Fox passou por procedimentos em São José dos Campos, mas precisou ser transferido para São Paulo — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal.

“O cão Fox aproximou-se do portão para cheirar o cão Mancha, porém como Mancha estava sem focinheira, acabou por morder o focinho do cão Fox”, diz trecho do documento.

Ainda segundo o boletim de ocorrência, o vizinho deixou o local na sequência enquanto as tutoras de Fox o levaram para veterinária.

O registro aponta ainda que as tutoras de Fox tentaram conversar com o vizinho, mas ele não saiu da casa para prestar esclarecimentos. Elas afirmam ainda no registro que “colheram fezes do cão mancha que estava na lixeira que fica entre as casas e constataram que havia pelos do cão Fox”.

O g1 tenta contato com o tutor do cão que atacou o spitz alemão, mas não obteve retorno até a publicação.

A Polícia Civil abriu um inquérito e investiga o caso. O objetivo é apurar a responsabilidade do tutor do cão que atacou Fox. Segundo a delegada Maura Braga, responsável pela investigação do caso, o inquérito está na fase final.

“Ouvimos várias testemunhas do caso, as tutoras do Fox e analisamos várias imagens de câmeras de segurança para auxiliar na investigação. Para encerrar a investigação ainda falta ouvirmos os tutores do Bull Terrier, mas eles não responderam às intimações que fizemos. Ainda solicitei uma análise comportamental [do Bull Terrier] para entendermos o comportamento do animal”, explicou a delegada.

O caso é tratado como crueldade contra animais, crime que pode render pena de até cinco anos de prisão e multa ao tutor do bull terrier.

“Agora precisamos entender se o homem usou o animal como uma arma, já que identificamos que essa não é a primeira vez que o Bull Terrier ataca outro cachorro. O animal não pode ser responsabilizado, mas queremos entender se o tutor incentiva esse tipo de comportamento”. Afirma a delegada Maura Braga.

Além de responder por crueldade contra animais, o investigado também pode ser indiciado por coação no curso do processo, já que a polícia também recebeu denúncias de que ele ameaçou testemunhas do caso.

Além da apuração da Polícia Civil, o homem investigado foi multado em R$ 400 pela prefeitura por não colocar focinheira no cachorro durante o passeio, conforme prevê uma lei municipal.

Fox está com a família de Sofia há 7 anos e foi o primeiro cachorro da família, que hoje tem outros dois.

“A gente está sofrendo muito pelo fato de não ter sido acidente, e sim um crime. Isso causa bastante revolta na gente. Por ele estar com a gente há mais tempo, a gente é muito apegado a ele. A gente considera ele como um filho, como um irmão”, conta Sofia.

Fox está internado há 12 dias, sendo que 10 dias ele recebeu tratamento em uma clínica de São José dos Campos e, há dois dias, está internado em São Paulo, onde aguarda pela quarta cirurgia. Ainda não há previsão para que o cãozinho receba alta.

Em uma das cirurgias os veterinários inseriram sondas nas narinas de Fox para que ele pudesse respirar, mas, por conta dos ferimentos, também foi necessário fazer uma cavidade para que ele respirasse pelo pescoço. Fox também se alimenta por meio de sonda.

Mesmo com a dificuldade de acompanhar Fox, as tutoras estão fazendo o possível para conseguir ficar ao lado do cachorro.

“Aqui em São Paulo está sendo complicado acompanhar ele. Por ser uma UTI, as visitas são muito rígidas e muito limitadas. Fora que a gente também não é de São Paulo, então a gente tem que ou se hospedar aqui ou ficar se deslocando todos os dias pra conseguir visitar. A veterinária disse que as visitas são fundamentais pra recuperação dele, porque é algo que consegue dar força pra ele continuar lutando e não ficar se sentindo abandonado”. Afirmou Sofia.

As tutoras de Fox estimam que já gastaram mais de R$ 14 mil em procedimentos médicos, mas os valores devem aumentar, já que o cachorro segue internado.

Fonte: G1.

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Fonte: TBN


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