Ex-prefeito petista é alvo de operação sobre superfaturamento de respiradores durante a pandemia

O petista Paulo César Ladeira, ex-prefeito de Carmo, na Região Serrana do RJ, é alvo de uma operação na manhã desta sexta-feira, 10, por superfaturamento na compra de respiradores durante a pandemia de covid-19, em mais um capítulo do Covidão.

Ao menos cinco pessoas foram presas até agora na Operação Éolo, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil do RJ. Ao todo, sete mandados de prisão e dez de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital.

De acordo com a Polícia Civil, um dos presos é Rui Tomé de Souza Aguiar, que era assessor da Presidência da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj) quando a compra foi feita. Hoje, ele ocupa o cargo de assessor no gabinete do deputado estadual Andrezinho Ceciliano (PT).

Os demais presos são Alex Sachi da Silva, Jubert Silva Cardoso, Nielsei Souza de Melo e Thiago Cardoso de Castro. Sendo o MPRJ, não há mandado de prisão contra o ex-prefeito, mas apenas mandado de busca e apreensão.

Desde o início da pandemia, em 2020, órgãos de investigação deflagraram dezenas de operações em Estados e municípios para investigar fraudes na compra de equipamentos e insumos. Em referência aos esquemas anteriores do PT — o Mensalão e o Petrolão —, esses escândalos passaram a ser chamados de Covidão.

De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPRJ, as investigações mostraram que Ladeira comprou, em 2020, nove respiradores da empresa Sheridan Rio Comércio e Serviços, utilizando recursos da Alerj.

Apenas quatro desses equipamentos funcionavam e todos foram adquiridos por preço muito superior ao de mercado. O superfaturamento teria sido de aproximadamente R$ 1 milhão.

Apesar de ter vendido respiradores, a Sheridan tem como principal atividade a limpeza em prédios e residências. Mas o leque de atuação da empresa é amplo: as atividades secundárias vão desde a construção de rodovias e fabricação de meias, passando por comércio de equipamentos hospitalares, e atuando como agência de viagens e na produção musical e teatral.

Ladeira foi preso duas vezes em 2021, por supostas fraudes em contratos para a limpeza urbana em Carmo investigados em duas fases da Operação Chorume. Na ocasião, policiais apreenderam R$ 130 mil, que estavam enterrados em tubos de PVC no sítio do ex-prefeito.

Segundo a polícia, o valor era oriundo de propina paga pela empresa que fazia a coleta de lixo na cidade. A Operação Éolo é um desdobramento da Chorume, informou o MPRJ.

Revista Oeste

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Fonte: TBN


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