Bairro José Menino, em Santos recebe aplicação de inseticida contra o Aedes aegypti

Com o registro de seis casos de dengue confirmados em residentes de parte do bairro José Menino, a Secretaria de Saúde de Santos realizou uma aplicação de inseticida na microárea na manhã de quinta-feira (9). O objetivo é reduzir a quantidade do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana e evitar novas transmissões.

Foram nebulizados 100 imóveis, localizados em seis quadras, compreendendo as ruas Princesa Isabel, Álvaro de Carvalho, Euclides de Campos, Rei Jorge VI, Sebastião Arantes Nogueira, Pedro Borges Gonçalves,  Monteiro Lobato e Avenida Presidente Wilson.

A técnica, denominada nebulização costal, realiza a aplicação do inseticida a partir de um bico aplicador acoplado em um reservatório similar a uma mochila, que jateia a substância diretamente nos pontos onde o mosquito adulto costuma se alojar com mais frequência.

Nos dias 30 de abril, 2 e 3 de maio os agentes de combate a endemias percorreram os imóveis da região estabelecida fazendo um minimutirão para eliminar potencias criadouros e foram desfeitos quatro focos com larvas. Após essa fase preparatória, parte-se para a nebulização.

PROTOCOLOS

Importante salientar que, como envolve a aplicação de substância tóxica, a nebulização é uma estratégia que deve ser usada com parcimônia, por profissionais treinados, em um raio de extensão considerado como de risco para a proliferação da doença, a partir da picada do mosquito em pessoas adoentadas e evitar que venham a transmitir a doença para outras.

Seguindo os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e o rigor que envolve a aplicação desse tipo de produto, os agentes de combate a endemias responsáveis pelo serviço vestem roupa especial que impede o contato do inseticida com a pele e utilizam máscara específica no nariz e olhos.

PREVENÇÃO

O secretário de Saúde Denis Valejo destaca, porém, que o ideal é não deixar que o inseto chegue à fase adulta. “A fêmea só vai picar alguém quando necessitar do sangue humano para maturar os seus ovos. Ou seja, na sua fase adulta. Se ela picar alguém contaminado, torna-se transmissora. Os estudos mostram que o ideal é sempre evitar criadouros, para que os mosquitos não se desenvolvam”.

Por sua vez, a diretora de Vigilância em Saúde, Ana Paula Valeiras explica que é importante a população fazer a sua lição de casa uma vez por semana. “Orientamos a eliminar qualquer situação que tenha água parada ou que possa acumular água. Pode ser no final de semana, juntar a família, aproveitar a presença das crianças para criar uma ação lúdica com os pequenos. O envolvimento de todos é muito importante nessa luta”.

CUIDADOS

Na nebulização, os agentes recomendam que o morador e animais de estimação deixem a residência por 30 minutos para que não haja contato entre os ocupantes do imóvel e as gotículas do produto em suspensão no ar.

Outros cuidados a serem tomados são: deixar portas e janelas abertas, guardar em local fechado ou manter coberto alimentos, água e utensílios domésticos, e retirar roupas do varal. Bebedouros de animais, gaiolas de passarinhos e aquários têm que estar cobertos ou guardados em locais fechados.

BALANÇO

Em 2024, Santos registrou 1.913 casos de dengue e 48 de chikungunya.

 

ESTRATÉGIAS DE SANTOS AO ENFRENTAMENTO AO AEDES AEGYPTI – ANO INTEIRO

Casa a Casa – programa de visitação de rotina aos imóveis

Mutirão – varredura realizada semanalmente em algum bairro da Cidade

Imóveis especiais e pontos estratégicos – locais visitados mensalmente

Imóveis especiais: grande circulação de pessoas – escolas, hotéis, shopping centers

Pontos estratégicos: mais risco de criadouros – borracharias, oficinas, ferros-velhos, cemitérios, obras

Nebulização – aplicação de inseticida no entorno da residência de pessoa infectada para combater o mosquito já na fase adulta, quando está transmitindo as doenças

Armadilhas – Santos possui 481 armadilhas distribuídas por toda a Cidade, monitoradas semanalmente, que mostram o índice de infestação de mosquito no local

Acompanhamento epidemiológico – notificação e investigação de todos os casos de doenças transmitidas pelo Aedes pela Vigilância Epidemiológica

Atividades Educativas – atividades educativas nas ruas, escolas, palestras em empresas e instituições, pedágios em diferentes pontos da Cidade, participação em eventos, estandes temáticos e reuniões em condomínios

Monitoramento com drones em locais de difícil acesso

Atendimento a denúncias – feitas na Ouvidoria Municipal pelo telefone 162 ou site www.santos.sp.gov.br/ouvidoria 

 

PRINCIPAIS DICAS

Verifique se há água parada em vasos e pratos de plantas

Pias – verificar vazamentos e manter ralo vedado

Ralos no chão – tampá-los com tela, caso não sejam do tipo abre e fecha. Aplicar água sanitária duas vezes por semana

Bandeja externa de geladeira – verificar se há acúmulo de água, limpar e manter seca

Vaso sanitário e caixas de descarga – manter tampados

Calhas e lajes – caso não seja possível verificar se acumulam água, procurar identificar sinais de umidade. Em caso afirmativo, providenciar a resolução do problema

Caixas d’água – verificar a condição das tampas. Solicitar a reposição daquelas ausentes ou quebradas

Fontes ornamentais, bebedouros de animais domésticos, piscinas – verificar a presença de organismos vivos dentro da água. Fazer limpeza regularmente

 

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde de Qualidade. Conheça os outros itens dos ODS

Ajude a manter online o Litoral Hoje fazendo uma pequena doação por PIX. Utilize a chave PIX CNPJ 45.315.952/0001-32. Ou deposite na conta: Banco Original – 212 – Agência 0001 – Conta 7296983-0. Agradecemos a sua colaboração.

Fonte: Prefeitura de Santos


Você pode gostar também de