476 anos de Santos: moradores declaram amor e destacam avanços

Santos completa, nesta quarta-feira (26), 476 anos de história. São quase cinco séculos avançando e buscando sempre proporcionar o melhor para quem mora ou visita a Cidade – trabalho atestado pelo 6º lugar no ranking de qualidade de vida dos municípios brasileiros.

Os avanços obtidos em todas as regiões da Cidade são refletidos no amor de muitos moradores. Muitos, vivem há décadas no mesmo lugar, acompanharam de perto cada obra e conquista para o bairro, o que refletiu positivamente na vida de seus filhos e netos, e que os deixam com uma certeza: não querem sair de Santos de jeito nenhum.

No aniversário da Cidade, o Santos Portal colheu declarações de amor e carinho de moradores de cada canto do Município:

“Moro em um cartão postal de Santos”, diz morador do Caruara

Um exemplo é Fábio da Silva Pinto, 43 anos, morador do Caruara. O encarregado de zeladoria do bairro comemorou bastante a entrega da UME Noel Gomes Ferreira, como parte da programação de aniversário da Cidade. “Minha filha, que hoje tem 16 anos, estudou na creche antiga. Tenho certeza que a nova, esse presentão que mandaram para a gente, vai ser ainda melhor”.

Morador do bairro desde os 17 anos, Fábio conta que acompanhou o crescimento da região. “Minha família tinha um mercadinho no Guarujá e, quando a concorrência começou a aumentar, viemos para Caruara. Estava bem no comecinho, então não tinha mercado, não tinha quase nada. Foi aí que vimos como oportunidade”.

Ele, que também é conhecido no bairro como Biguá – em homenagem ao mercado que tocou durante 25 anos e a ave aquática comumente vista pela Área Continental de Santos – diz que o espírito de coletividade na região é imenso. “Todo mundo se conhece. Se você disser que vai ter um churrasco na casa do Biguá, todo mundo sabe onde é. Graças a Deus construí minha vida aqui e sou muito respeitado. Minha mulher diz que sou o zelador do bairro, porque sempre que vejo alguma lata, algum lixo na rua, eu pego e jogo na lixeira. E o legal é que a maioria das pessoas aqui é assim. A gente cria um amor pelo bairro e zela sempre por ele”.

O encarregado, que mora com a esposa, a mãe e a filha, garante que tirar a família do bairro seria um verdadeiro desafio. “Estou feliz pra caramba aqui. É um lugar muito bonito, aconchegante, tranquilo, seguro, ninguém mexe com ninguém. Moro num verdadeiro cartão postal de Santos. Meu pai amava a Área Continental e dizia que só sairia daqui morto, e foi o que aconteceu, ele faleceu no Caruara. Também vai ser bem difícil me tirar daqui!”.

Moradora do Saboó há 30 anos: “Todo mundo gosta muito do meu lugar”

Quem também acompanhou o crescimento do bairro onde mora foi a aposentada Nádia Jorge Oliveira Lopes que, dos 70 anos de vida, está há mais de 40 vivendo no Saboó. “Foi aqui onde criei meus filhos e fico muito contente por tê-los visto crescer em contato com a natureza. Eu moro bem no pé do morro, então o meu quintal já é praticamente parte da mata. Tem árvores, plantas de diversas espécies e pequenos animais, como os saguis que estão sempre por aqui”, conta.

O quintal de Nádia também já sediou a mais variada gama de celebrações, desde festa de formatura a casamentos. “Quando me mudei para a Zona Noroeste, senti um pouco de preconceito das pessoas. Me disseram até que seria difícil os pais dos amigos dos meus filhos deixarem eles frequentarem a minha casa. A realidade, felizmente, não é essa. Minha casa sempre foi o ponto de reuniões, de festas do colégio e alguns amigos dos meus filhos até já se casaram aqui. Todo mundo gosta muito do meu lugar”, afirmou.

Por morar há tantos anos no bairro, Nádia acompanhou os avanços da região e, apesar de enxergar pontos de melhoria na Zona Noroeste, aprovou as obras da Nova Entrada de Santos. “As obras na entrada da Cidade melhoraram muito a questão dos alagamentos por aqui. Agora, para encher, precisa chover muito forte quando a maré está alta, mas logo a água baixa também. Antes, sempre que chovia nós ficávamos preocupados e muitas vezes nem conseguíamos sair de casa. Hoje já estamos muito mais tranquilos. Creio que com o restante das obras já vá ficar 100%”.

Dona de casa, do Morro Santa Maria: “É um lugar maravilhoso”

“Tranquilidade” é a palavra que define a vida da dona de casa Djanira Maria das Graças, também conhecida como “Gracinha” no Morro Santa Maria. A munícipe de 65 anos é apaixonada pelo bairro e não gosta nem de pensar na possibilidade de se mudar. “Vou me mudar para onde? Quero ficar aqui mesmo. Aqui a gente pode ficar tranquilo em casa, conhece as pessoas, tem uma porção de amigos, é um lugar maravilhoso!”.

Gracinha mora no bairro há mais de 40 anos e foi lá onde criou os dois filhos e a sobrinha, seus três maiores motivos de orgulho. “Criá-los no morro nunca foi um problema. Meus filhos estudaram aqui do lado, na Nova Cintra, e minha sobrinha na Avenida Nossa Senhora de Fátima. Todos em escolas públicas. Nunca me deram trabalho e graças a Deus receberam uma ótima educação. São filhos maravilhosos que só me dão orgulho”.

O caçula, inclusive, faz aniversário no mesmo dia que a cidade de Santos. “Uma coincidência, não é?” Para ela, isso é o sinal de que finalmente encontrou o seu lugar, após viajar mais de dois mil quilômetros de Pernambuco a São Paulo, onde morou durante poucos anos, e mais 72km da Capital a Santos. “Cheguei na Cidade, vim direto para o Morro e aqui fiquei, graças a Deus!”.

“Aqui tenho tudo que preciso”, diz morador do Marapé

Quem também elogiou a rede municipal de educação foi o aposentado Carlos Pereira de Moraes, de 80 anos. Assim como Gracinha, Carlos também criou dois filhos em Santos, mais precisamente no bairro Marapé, onde mora há quase seis décadas. Além das escolas, o santista destaca outros pontos positivos que o fazem amar o bairro. “Aqui eu tenho tudo o que preciso: estou próximo da praia, tem transporte para todos os lugares, tem posto de gasolina, açougue, padaria, mercado, tudo bem próximo da minha casa”.

Carlos mora há tanto tempo no bairro que sente ter crescido junto com ele. “Eu frequentava muito o ‘fundão’ do Marapé, onde a única rua de paralelepípedo era a Carvalho de Mendonça, enquanto o restante ainda era tudo areia”. Ele viu, inclusive, o Mercado do Marapé se erguer no ‘areião’, onde disputou várias partidas de futebol. Hoje, o comércio é tradicional da região, conhecido pela variedade de produtos.

Apesar de ter nascido em Santos e morado em várias regiões da Cidade, Carlos considera o Marapé o melhor bairro do Município. Foi onde montou sua vida, passou bons momentos na juventude, criou os filhos e é onde, segundo ele, deseja ficar até seus últimos dias de vida. “Eu amo o Marapé. Só saio daqui quando eu me for”, afirmou.

“Vivi em várias regiões, mas no José Menino é onde sempre gostei de morar”

Miguel Lustoza, de 58 anos, também não abandona o bairro José Menino por nada. “Só saio daqui se o mar engolir a Cidade”. E mesmo assim ainda pensa a respeito, visto que ama areia e água salgada. “Eu cresci na praia. Já vivi em várias regiões de Santos, mas o José Menino é onde eu sempre gostei de morar”. Foi lá que o funcionário público criou a filha mais velha, de 27 anos, e ainda passeia com a mais nova, de 15. “Elas amavam ir na praia quando eram pequenas, a gente passava o dia todo”, conta.

Não que ele não passe o dia todo na praia atualmente. Miguel é um dos precursores da academia ao ar livre instalada no Parque de Recreação Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, ao lado do Emissário Submarino, que hoje funciona em parceria com a Municipalidade. Ele coordena o projeto e, sempre que pode, está na academia fazendo musculação, enquanto curte a vista para a Ilha de Urubuqueçaba, sentindo a brisa do mar e fazendo novas amizades.

Para Miguel, a praia do José Menino é a melhor de Santos para a prática de esportes. “Aqui a faixa de areia é bem larga, então dá para você se divertir e se exercitar sem incomodar ninguém. Não é à toa que implantaram nesse trecho a primeira área liberada para cachorros na praia, o que eu achei bem interessante”.

Lazer é o ponto forte da região, segundo o funcionário público. “Aqui não é só praia. Tem o Orquidário Municipal, a academia a céu aberto, a ciclovia que passa na faixa de areia, a ilha e, claro, o Emissário Submarino, que foi um grande avanço para o bairro e que, após as obras, vai oferecer mais uma série de atividades”, finalizou.

FOTOS: Rogerio Bomfim / Carlos Nogueira e Marcelo Martins / PMS


Fonte: Prefeitura de Santos


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