Santistas e turistas comemoram 76 anos do Orquidário com ‘parabéns’, contação de histórias e tour monitorado

Após completar 76 anos de muita história na última quinta-feira (11), o Orquidário Municipal de Santos ganhou, neste sábado (13), uma festa à altura, com dezenas de ‘convidados’, pipoca, algodão doce, bolo e até ‘parabéns’. A recepção ficou por conta dos personagens de Júlio Conceição e a Borboleta, que contaram histórias e curiosidades do parque à todos os visitantes.

Logo atrás da fonte Ninfa de Náiade, estava a oficina de monóculos para observação das plantas e dos marcadores de livro com o tema de orquídea. No local, as crianças também puderam criar desenhos em homenagem ao parque para pendurar no varal de aniversário e iniciar o tour monitorado pelo equipamento. Já a pipoca e o algodão doce ficaram na entrada do Orquidário, junto com o estande de divulgação do projeto Sistema Urubu, plataforma que coleta dados de atropelamento de fauna selvagem, visando minimizar os efeitos desse mal. O bolo também foi cortado no local, pelo próprio Júlio Conceição, ao som de ‘parabéns’, aplausos e assobios.

TRADIÇÃO

Quem também participou da festa foi o pequeno Emanuel, de 8 anos. Ele é fã dos répteis e aproveitou o dia ensolarado para visitar os ‘amigos’ com a mãe, Roselaine Gama, de 42. “Acho que eles são animais mais exóticos, porque não é comum eu ver no dia-a-dia. Como moro no morro, vejo com mais frequência as aves”.

Roselaine conta que mora no Morro Santa Maria e sempre passeava com os filhos antes da pandemia: no Orquidário com Emanuel, e no Aquário com o filho mais velho, que prefere a biologia marinha. “Eles amam e é muito divertido ver os animais”. Emanuel é jovem, mas diz que pretende fazer como a mãe e trazer os futuros filhos ao equipamento. “Eu sou meio suspeito para falar porque gosto muito da natureza, mas sempre que venho me impressiono com as coisas novas, abraço a árvore que tem ali na entrada e vejo o quanto ela cresce. Com certeza vou trazer meus filhos e mostrar para eles cada coisa, cada passo que eu dei quando tinha a idade deles. Vai ser uma tradição”.

A enfermeira Tatiane Ramos, 35, também foi prestigiar os 76 anos do parque. Ela mora em Guaranésia, em Minas Gerais, mas veio visitar a prima em Santos e aproveitou para passar pelo Orquidário, local que faz parte das boas memórias. “Eu vinha muito aqui quando era criança, depois quando era adolescente. Nunca morei em Santos, mas sempre que vinha pra cá, passeava no Orquidário com os meus pais”. Dessa vez ela veio com os dois filhos, de 2 e 6 anos, o marido, sogro e primos. “As crianças amam e acho que é importante para elas aprender a cuidar da natureza desde cedo. Além de me lembrar muitos momentos bons da infância”.

A analista financeira Cleide bezerra, de 31 anos, frequenta o parque há 10. Ela é de Pernambuco e, quando chegou à Baixada Santista, se identificou com o local, que a lembrava do lugar onde cresceu. “Eu cresci numa zona rural e sentia falta disso. O Orquidário foi meio que um tratamento, me ajudou a acostumar quando eu me mudei. Eu só tinha o meu marido aqui, sem família ou amigos, então foi essencial para eu me adaptar à nova casa”.

Ela e o marido moram em Bertioga e visitam o parque desde que se casaram. Hoje, o passeio é o mesmo, mas com uma nova companhia: a pequena Dulce Maria, de 3 anos. Durante as comemorações do Orquidário a pequena aproveitou para fazer dois monóculos e vários desenhos para o varal de aniversário do parque. “Santos é a nossa casa e o Orquidário é onde a gente vem para entrar em contato com a natureza, sentir paz e tranquilidade”.

Fotos: Isabela Carrari e divulgação