Merendeiras oferecem amor aos alunos em forma de refeições

Há pouco mais de dois meses, a vontade de viver novas experiências fez com que a servidora pública Almira de Oliva Campos, 53 anos, escolhesse uma nova função. Funcionária da EM Profª Maria Clotilde Lopes Comitre Rigo, no Bairro Esmeralda, ela trocou os cuidados com a limpeza da escola pelo prazer de cozinhar. Hoje, a servente II (merendeira) faz parte dos cerca de 500 profissionais que atuam nas escolas municipais e estaduais e são responsáveis pelas mais de 130 mil refeições servidas diariamente.

Almira Campos entrou para o quadro de funcionários da Secretaria de Educação (Seduc), em 2015. A função de servente, responsável pela limpeza da escola Maria Clotilde, foi a primeiro que exerceu como servidora pública. Após prestar mais um concurso, resolveu respirar novos ares e, este ano, assumiu o posto de merendeira na unidade onde já atuava. “Fiz questão de continuar aqui. Pois sinto que é a minha segunda casa”, enfatizou.

Para a cozinheira, o maior desafio ao ingressar na profissão foi o de se adaptar com o preparo dos alimentos em grandes proporções. A unidade conta com, aproximadamente, 1,5 mil alunos divididos em três períodos. Acompanhada de outras quatro colegas de profissão, Almira Campos prepara as refeições dos períodos da manhã e intermediário. “Sempre gostei de cozinhar, mas, até então, fazia para poucas pessoas em casa. Agora é diferente”.

São justamente esses novos degustadores que motivam a servidora a entregar o seu melhor nos preparos das refeições. A merendeira não esconde a alegria ao comentar o prazer de ouvir os elogios dos alunos após comerem os alimentos preparados por ela e as demais funcionárias da cozinha. “Não tem preço que pague ver as crianças gostarem. Faço a comida com amor, de verdade. E esse reconhecimento serve de combustível”, destacou.

Pequeninos – A interação com os alunos ao servir as refeições e os elogios recebidos não ocorrem apenas nas escolas de Ensino Fundamental. A servente II, Ana Claudia Alves Santos Silva, 38 anos, atua na EM Paulo de Souza Sandoval, localizada também no Bairro Esmeralda. Ao lado dos colegas de cozinha, a merendeira tem um ritmo bem puxado de atuação pelo fato de a unidade atender alunos de Creche e Educação Infantil.

O número de refeições servidas nestas unidades é maior pelo fato de os alunos passarem mais tempo na escola. Para as crianças que frequentam as creches são oferecidas cinco refeições diárias (café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde e janta). Já as matriculadas no período semi-integral contam com três momentos para se alimentar. Quem fica apenas no parcial, 4 horas, também recebe uma refeição por dia.

Essa demanda torna intenso o ritmo de trabalho de Ana Claudia Silva. O exemplo foi como a servidora concedeu a entrevista. Ela conversava com a reportagem enquanto colocava os alimentos nos pratos para servir os alunos. “O ritmo é pegado. Não temos muito tempo de parada, pois acabamos uma refeição já começamos a preparar a outra. E seguimos assim da hora que chegamos até acabar o nosso turno”, compartilhou.

Apesar do volume de serviço, o merendeira afirma que prefere atuar na cozinha da creche. Ela já atuou por um período na EM Albert Einstein e está a pouco mais de três anos na EM Paulo Sandoval. “Senti uma diferença na relação com os alunos aqui. Por serem pequenos a relação acaba sendo um pouco mais próxima. Eles vêm e elogiam a comida. Isso torna o nosso trabalho da gente prazeroso”.

Estrutura – O trabalho realizado pela Almira Campos, Ana Cláudia Silva e os cerca de 500 funcionários que atuam na cozinha recebem o respaldo da Divisão de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação (Seduc). As refeições preparadas pelos profissionais têm como base o cardápio produzido pela equipe de nutricionistas. Além de criar uma rotina de alimentação nutritiva e saudável, elas orientam e acompanham a produção das comidas.

As nutricionistas são responsáveis também em realizar capacitações com o grupo. Por ano, são feitos de três a quatro momentos de formação, sempre com temas específicos, com objetivo de qualificar ainda mais as refeições servidas. A mais recente foi para orientar e tirar todas as dúvidas sobre a atualização explícita na Resolução nº 6, de 08 de maio de 2020, que dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, do Ministério da Educação (MEC).

Além da preocupação nutricional, ao longo dos últimos anos, a Administração Municipal inovou no conforto dos alunos durante as refeições. As crianças do Ensino Fundamental abandonaram a velha colher de plástico e passaram a comer com garfo e faca. O sistema self-service também foi pioneiro na Cidade. Funcionando desde 2005, facilitou e possibilitou que as crianças escolhessem o que comer, diminuindo o desperdício de alimentos. Com o sistema, para manter a comida aquecida, foram instalados balcões térmicos em todas as unidades escolares.

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Fonte: Prefeitura de Praia Grande


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