TV Cultura é alvo de CPI na Assembleia Legislativa de SP

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) reuniu 35 assinaturas para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a gestão da Fundação Padre Anchieta (FPA), que comanda a TV Cultura. O objetivo é apurar possíveis irregularidades na eleição de membros do conselho curador da entidade.

O requerimento deverá ser protocolado pelo deputado Guto Zacarias (União Brasil) assim que ele obtiver apoio de mais parlamentares. 

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Todos os partidos da base do governo Tarcísio de Freitas apoiaram a criação da CPI. Assinaram o requerimento de criação 10 deputados do PL (52% da bancada), nove do União do Brasil (88%), cinco do Republicanos (62%), partido do governador, três do PP (100%), três do PSD (60%), e um deputado cada de MDB, Novo, PSB, Podemos e PDT.

Agora, para que a comissão seja criada, é preciso seguir uma fila, atualmente formada por 15 pedidos, mas com apenas cinco vagas. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, estão na frente pedidos de apuração sobre as lojas Americanas, crimes de pedofilia, santas casas, empresas de telecomunicações e o tratamento dado aos moradores de rua.

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Para passar na frente desses inquéritos, a investigação sobre a Fundação Padre Anchieta necessita de um acordo entre as lideranças da Casa. Uma outra alternativa seria a maioria dos deputados permitir, por meio de resolução, a criação de uma sexta CPI.

Enquanto isso, Guto Zacarias e o Movimento Brasil Livre (MBL) entraram com uma ação popular na Justiça para tentar anular a eleição dos conselheiros. Eles dizem que o estatuto da fundação foi “desrespeitado”.

“É necessário que se apure a existência de qualquer irregularidade na Fundação Padre Anchieta; o nosso objetivo é investigar as diversas denúncias que recebemos e não temos qualquer interesse ideológico e nem pretendemos interferir no seu importante papel jornalístico”, argumentou Zacarias.

O deputado Tomé Abduch (Republicanos) é conselheiro da FPA e também assinou a criação da CPI. Segundo ele, o pedido de abertura da comissão não tem “caráter acusatório” e, sim, de “fiscalização e apuração do bom uso do dinheiro público”. “Eu quero acreditar na lisura de todas as medidas e destinação dos recursos desta Fundação”, afirmou.

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Segundo apurou o Estadão, o governador do Estado demonstrou incômodo com o tamanho do conselho curador e com o que considera um alto número de empregados da fundação. São 743 funcionários em regime CLT, além de contratados como pessoa jurídica, de acordo com a demanda dos projetos. A entidade garante que os conselheiros atuam de forma voluntária.

Veja quais deputados assinaram o pedido de abertura da CPI da Fundação Padre Anchieta:

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Fonte: Revista Oeste


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