PCO diz que YouTube desmonetizou canais e excluiu vídeos da plataforma

O Partido da Causa Operária (PCO), de extrema esquerda, afirmou no sábado 27 que o YouTube desmonetizou todos os sete canais ligados à legenda e que 37 vídeos foram excluídos da plataforma. Na prática, a desmonetização significa que a plataforma retira os anúncios dos vídeos de um criador, e a partir daí as visualizações dos conteúdos do canal deixam de gerar receitas.

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O partido é conhecido pelas posições radicais, como o apoio ao grupo terrorista Hamas no conflito entre Israel e Palestina. Logo depois o início da guerra, em outubro do ano passado, o presidente do partido, Rui Costa Pimenta, afirmou estar “1.000% com Hamas”. Em fevereiro, ele se reuniu com o líder político do grupo, Ismail Haniya, no Catar.

O PCO fala em “ditadura das redes sociais do imperialismo”, atribui a desmonetização a “ataques sionistas” e pediu aos apoiadores que colaborem com uma vaquinha online para manter o canal, que atualmente arrecada cerca de R$ 5 mil mensais. O principal canal do partido no YouTube tem 117 mil inscritos.

Presidente do PCO falou sobre conduta do YouTube em live

Pimenta fez uma transmissão no sábado relacionando a desmonetização com o banimento da rede social TikTok nos Estados Unidos. Para ele, o caso é uma “contraofensiva reacionária que está sendo organizada no mundo todo”. Além do YouTube, o partido também afirma que teve o sistema de pagamento de seu site bloqueado.

“O PCO é parte do movimento operário e popular brasileiro, fazemos parte da CUT, somos um partido legal e estamos sendo agressivamente reprimidos. A esquerda se cala diante disso. Vamos cobrar um posicionamento de todos. Chega dessa palhaçada. Os elementos da esquerda só se preocupam e apoiar o Xandão. Apoiar um partido que está sendo perseguido, nada, é uma posição calhorda, absurda”, disse o presidente do partido nas redes sociais.

+ PCO, o aliado improvável de Elon Musk contra Alexandre de Moraes

Depois de a sigla ser incluída no inquérito das fake news pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro compartilharam publicações em que o PCO chama Moraes de “ditador” e diz que a Corte deveria ser dissolvida. O inquérito, iniciado há mais de cinco anos, apura ofensas, ameaças e notícias falsas contra o Judiciário.

Em fevereiro de 2022, o partido saiu em defesa do youtuber Bruno Aiub, conhecido como Monark, depois de ele endossar a legalização de um partido nazista no Brasil. A sigla disse que considerar que “o Estado não deve ter o poder de pôr nenhum partido na ilegalidade”.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PCO recebeu R$ 3 milhões do fundo eleitoral em 2022, valor abastecido com dinheiro do Tesouro Nacional destinado ao financiamento das campanhas políticas.

O YouTube ainda não comentou a denúncia do PCO.

Redação Oeste, com informações da Agência Estado

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Fonte: Revista Oeste


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