No Senado, oposição consegue assinaturas para abrir CPI do MEC
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) conseguiu nesta quinta-feira, 23, as 27 assinaturas necessárias para pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Ministério da Educação. O nome que permitiu atingir o mínimo regimental necessário partiu do senador Alexandre Giordano (MDB-SP).
Partidos de oposição ao governo decidiram pedir a CPI do MEC depois de o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro ser preso em uma operação da Polícia Federal nessa quarta-feira 22.
Ribeiro é investigado por suspeitas de envolvimento em corrupção e tráfico de influência durante o período em que comandou o MEC, entre julho de 2020 e março de 2022.
Também foram presos na operação os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. A principal acusação é de que o Ministério da Educação privilegiava prefeitos indicados pelos pastores em repasses do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FDNE). O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª região determinou a soltura do ex-ministro e dos pastores nesta quinta.
Agora, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), precisa levar o requerimento para leitura no plenário da Casa para que a comissão seja aberta. Nessa quarta, o senador mineiro disse não concordar com a CPI em ano eleitoral.
Opositores no Senado começaram a colher assinaturas em prol da investigação contra o MEC em março, quando o caso foi revelado. No mesmo mês, Ribeiro pediu demissão do governo. Até então, opositores contavam com 25 das 27 assinaturas necessárias. Depois da prisão de Ribeiro, a pressão pela CPI do MEC aumentou no Legislativo.
Fonte: Revista Oeste