Lula volta a falar em ‘cervejinha e picanha’ em meio à alta da inflação dos alimentos

Durante um café da manhã com jornalistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não se esqueceu da “cervejinha e picanha”, uma de suas promessas de campanha nas eleições de 2022. O evento ocorreu nesta terça-feira, 23.

O petista respondeu a uma pergunta sobre as avaliações negativas de seu governo. Lula também disse que não se preocupa com as pesquisas de opinião pois “sabe o que a gestão está plantando e o que iremos colher”.

“Tenho clareza de todas as coisas que prometi ao povo brasileiro e que definitivamente irei fazer […] Você pensa que eu esqueci da cervejinha e da picanha? Eu não esqueci”, disse Lula. “Falo até hoje que o preço da carne já baixou, e que tem que baixar muito mais. Ou você baixa o preço da comida ou aumenta o salário do povo, é a forma de você permitir que ele tenha acesso as coisas”

Para Lula, na medida em que ele conseguir “cumprir” suas promessas de campanha, a população dará a “avaliação correta” ao seu governo. Apesar de afirmar que não se preocupa com pesquisas, o presidente se encontrou com seu marqueteiro de campanha, Sidônio Palmeira, em 14 de março. Eles discutiram maneiras de melhorar a comunicação do governo.

A gestão federal reconhece que a alta no preço dos alimentos contribui para as avaliações negativas. Em março, a alta chega a 2,95% mais que o dobro do 1,25% do IPCA, índice oficial de inflação deste ano.

Depois da divulgação dos dados, Lula convocou reuniões com Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e o presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Edegar Pretto, para buscar soluções para a crise.

Pesquisa do Ipec ressalta preocupação com alta dos preços no governo Lula

A pesquisa mais recente do Ipec, divulgada no domingo 21, mostrou que os preços dos alimentos, juntamente com as despesas de consumo, são os que mais preocupam a população. Para 79% dos entrevistados, o custo dos alimentos aumentou nos últimos meses, enquanto 76% afirmam que as contas de água, luz ou gás também subiram.

Além disso, há uma percepção generalizada de aumento nos preços de combustíveis e aluguéis. A visão negativa sobre a tendência dos preços tem impactos práticos.

Segundo o Ipec, 89% dos brasileiros afirmam que agora pesquisam mais os preços antes de comprar, e 61% dizem ter adiado planos mais caros nos últimos meses. Dois terços (69%) também relatam ter trocado produtos que costumavam comprar por outros mais baratos.

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Fonte: Revista Oeste


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