Termos baixos usados por Lula contra Bolsonaro revelam bem o cenário político brasileiro

Isabella Finholdt/Fotoarena/Estadão Conteúdo -01/05/2022Cercado de aliados, o ex-presidente Lula gesticula e discursa durante ato do Dia do TrabalhoLula é o candidato do PT à presidência da República nas eleições 2022

As expressões usadas especialmente por Lula contra Bolsonaro já dão a ideia de como será a campanha eleitoral. São termos baixos que revelam bem o cenário político brasileiro. O principal ingrediente é o ódio. Isso fica bem claro quando Luiz Inácio da Silva discursa. Pedir um pouco de civilização, só um pouco, está fora de qualquer cogitação razoável. O PL quer multa a quem chamar o presidente de genocida. Essa expressão tornou-se comum entre os adversários de Bolsonaro, devido, especialmente, à sua conduta durante a pandemia, período que, em certos momentos, chegou a representar uma afronta à população brasileira. Que a verdade seja dita. Chegou-se a zombar da doença e desacreditar a vacinação enquanto a pilha de mortos aumentava a cada dia. Foi lastimável. De não se esquecer. O PL, partido do presidente, decidiu reagir agora que a campanha eleitoral vai começar. Evidentemente que o termo “genocida”, especialmente, será utilizado à exaustão pelos adversários. O partido já entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral, visando principalmente Luiz Inácio da Silva, do PT, que chama Bolsonaro de genocida em praticamente todos os discursos histéricos que faz, associando, ainda, o presidente aos milicianos que fazem o que bem entendem no Rio de Janeiro e outras regiões do país. Bolsonaro concordou com a ação do PL, lembrando que o PT vem fazendo propaganda política antecipada e negativa. Oficialmente, a campanha será iniciada no dia 16 próximo.

O TSE sempre se manifestou contra a campanha antecipada, com autoexaltação ou de ataque a adversários políticos. Em alguns processos que já foram julgados, o Tribunal lembrou a ilegalidade das propagandas negativas. Por esse motivo, o PL pediu uma punição a Lula, que costuma chamar Bolsonaro de “genocida” em seus discursos feitos aos gritos. A alucinação se manifesta de várias maneiras. O comício é uma delas. O PL já entrou com sete representações no TSE contra o PT e Lula. O partido pediu que sejam retirados da internet todos os vídeos de ataque de Lula a Bolsonaro, indicando vários discursos em que o presidente é ofendido. Além de “genocida”, Luiz Inácio da Silva costuma chamar Bolsonaro de fascista, miliciano, mentiroso, negacionista, desumano, pessoa do mal e covarde. Também gosta de dizer que o presidente “não tem vergonha na cara”, “não gosta de cultura”  e “ não tem massa encefálica boa na cabeça”.

Por aí, pode-se imaginar como será a campanha para as eleições de outubro. Lula também gosta de falar nos seus discursos que o presidente é um homem que não teve a coragem de derramar uma lágrima para mais de 700 mil mortos pela Covid. O PL adianta que Lula só faz discursos de ódio contra Bolsonaro, o que revela grave desrespeito com o adversário, além da linguagem rude, como se o presidente fosse um bandido. O partido afirma que esses episódios estão distante da democracia, porque procura atingir o opositor de maneira covarde e rasteira. Já Bolsonaro, ao se referir a Lula, quase sempre utiliza o termo “ladrão”. Tudo isso é só uma amostra do que está por vir. Os seguidores de Bolsonaro e de Lula preferem o confronto. Nada de boas maneiras. Isso nem pensar. Quem sabe, de repente, num debate na TV Lula e Bolsonaro saiam na porrada, para o delírio e a glória dos eleitores? É assim que se constrói o futuro de um país. Nisso o Brasil é mestre.

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Fonte: Jovem Pan


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