Exclusivo: ‘Não acusei a Anvisa de corrupção’, diz Bolsonaro

Jovem Pan News/ Os Pingos Nos IsO presidente concedeu uma entrevista exclusiva à Jovem Pan nesta segunda-feira, 10

Em entrevista exclusiva ao programa “Os Pingos nos Is“, da Jovem Pan, concedida nesta segunda-feira, 10, o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) falou sobre a carta enviada pelo presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e afirmou que nunca acusou a agência de corrupção. A carta foi divulgada no sábado, 8, pelo presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres. Contrariado com o questionamento do chefe do Executivo sobre a vacinação infantil — “Qual o  interesse da Anvisa por trás disso?” —, Barra Torres negou indícios de irregularidades na agência e pediu que Bolsonaro se retratasse. Instado pelo apresentador Vitor Brown, Bolsonaro afirmou que leu a carta e se surpreendeu com o tom agressivo do documento, afirmando que o presidente da Anvisa não precisava ter agido dessa forma. Além disso, Bolsonaro esclareceu que não acusou a agência de corrupção.

“Eu me surpreendi com a carta dele. Carta agressiva, não tinha motivo para aquilo. Eu falei :’O que está por trás do que a Anvisa vem fazendo?’, ninguém acusou ninguém de corrupto. Por enquanto não tem o que fazer no tocante a isso ai. Eu que indiquei o Almirante Barra Torres […]. Ele não precisava agir daquela maneira”, afirmou Bolsonaro, que continuou: “Acredito que o trabalho (da Anvisa) poderia ser diferente. Ele pode rebater em cima dessa crítica, quem decide é ele. Eu o nomeei para lá e depois da nomeação ele ganhou luz própria. Eu espero que ele acerte na Anvisa, mas não tivemos nenhum atrito a ponto tal dele falar que eu tinha que identificar indícios de corrupção. Nenhum órgão está livre de corrupção. Agora, eu não acusei a Anvisa de corrupção. Eu perguntei o que está por trás dessa gana vacinatória”.

Além disso, o presidente falou sobre os pedidos feitos por jornalistas e opositores para que ele seja banido ou retirado das redes sociais, dizendo que isso desconfiguraria uma disputa dentro do critério democrático. “Me banir das redes sociais é jogar fora das quatro linhas. O jogo tem que ser realizado dentro das quatro linhas. Eu só posso dizer isso. A gente não pode admitir um jogo baixo dessa natureza. Ai não é uma disputa dentro do critério democrático, é uma imposição. A gente não pode admitir isso ai. Acho que o bom senso se fará presente”, afirmou Bolsonaro. O presidente também falou sobre seu sentimento sobre a segurança do processo eleitoral e a presença das Forças Armadas no processo. Segundo ele, os técnicos apontaram vulnerabilidades, mas  o TSE ainda não se posicionou sobre o episódio. “As Forças Armadas foram convidadas pelo ministro Barroso. Elas aceitaram, mandaram seus técnicos para o TSE, fizeram um trabalho com bastante profundidade e apresentaram algumas inconsistências via ofício ao próprio TSE, que não se manifestou sobre essas vulnerabilidades. Estamos esperando essa resposta do TSE. Se for o caso, o Ministério da Defesa vai reiterar esse ofício”, concluiu.

Confira o programa desta segunda-feira, 10:


Fonte: Jovem Pan


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