Enem ‘ainda’ teve ‘questão de ideologia’, diz Bolsonaro sobre acusações de interferência na prova

Reprodução/YouTube/focodobrasilJair Bolsonaro durante conversa com apoiadores no cercadinho do Palácio do Planalto na manhã desta segunda-feira

Na manhã desta segunda-feira, 22, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ao conversar com apoiadores no cercadinho do Palácio do Planalto, negou que tenha havido interferências na elaboração do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e defendeu o ministro da Educação, Milton Ribeiro, das acusações que vem recebendo sobre a questão. Bolsonaro afirmou que, se Ribeiro e ele pudessem interferir, não teriam tido questões ‘de ideologia’ na prova do último domingo, 21. “Estão acusando o ministro Milton [Ribeiro] de ter interferido na elaboração das provas. Se ele tivesse essa capacidade e eu, não teria nenhuma questão de ideologia nesse Enem agora, que teve ainda”, disse Bolsonaro, sem especificar a quais questões se referia.

Relembrando uma questão que tratava sobre variedade linguística em uma prova passada do exame, que utilizava como exemplo gírias comuns entre travestis, o presidente disse que a elaboração do Enem vem mudando aos poucos e que questões desse tipo já não estiveram presentes na prova do último domingo, 21. “Você é obrigado a aproveitar o banco de dados de anos anteriores. Agora, dá para mudar? Já está mudando! Vocês não viram mais a linguagem de tal tipo de gente com tal perfil, não existe isso aí. A linguagem, o que o cara faz entre quatro paredes, é problema dele. Agora, não tem mais aquilo, a linguagem neutra num sei de que, não tem mais”, pontuou.

Jair Bolsonaro ainda criticou o legado do ex-ministro da educação dos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, entre 2005 e 2012, Fernando Haddad (PT). “O Haddad esteve 12 anos a frente do Ministério da Educação, botou o Paulo Freire para dentro, essas covardias todas na escola. Ele deixou uma coisa ‘fantástica’, que nós não podemos piorar mais na educação, na prova do Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes] nós somos o último lugar. Então, vantagem do Haddad: deixou uma educação para a gente que não podemos piorar”, acusou.


Fonte: Jovem Pan


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