Guedes: “Se transfere renda, é eleitoreiro. Deixa morrer?”

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta segunda-feira (18) o conjunto de medidas que criam e ampliam os auxílios sociais impostas pela PEC dos Benefícios, ainda que não tenha citado a Proposta de Emenda Constitucional diretamente.

Guedes ressaltou os problemas financeiros enfrentados por parte da população que, segundo ele, são motivados pela pandemia da Covid-19 e pela guerra entre Rússia e Ucrânia, e negou que o projeto seja “eleitoreiro”. O termo é usado por partidos da oposição, visto que o texto foi aprovado a menos de três meses das eleições e tem validade apenas até o fim do ano.

– Passa um bom tempo dizendo fome, fome… As pessoas estão cozinhando em fogão a lenha e aí, quando você faz a transferência de renda, que é a medida correta para quem está comendo a lenha, voltar a usar o botijão de gás, para quem está comendo a lenha voltar a poder comprar bens no supermercado, é eleitoreiro, eleitoreiro. Então deixa a pessoa morrer de fome? Eleição não tem nada a ver com as transferências de renda que nós temos e nós já tínhamos feito com a ocasião da doença e fizemos agora com a ocasião da guerra – alegou o ministro.

Guedes também disse que “o Brasil está dessincronizado do resto do mundo”. Ainda segundo ele, o país está mais bem posicionado para enfrentar o cenário adverso da economia mundial do que estaria se tivesse que enfrentar o cenário de estagflação. As declarações foram dada durante a posse do novo presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), nesta segunda-feira.

– O mundo está no fim de um longo ciclo de crescimento. É completamente diferente do Brasil. O Brasil está no início de um longo ciclo de crescimento. Tenho insistido nisso e isso explica os erros de previsão sucessivos que têm sido feitos a respeito do Brasil aqui dentro e lá fora – completou.

Durante sua fala, Guedes ressaltou números positivos da economia brasileira, como a revisão para baixo de expectativas de inflação, e a melhora nos dados do mercado de trabalho. Para ele, as previsões negativas sobre a economia brasileira têm relação com questões políticas e de desinformação, pois os dados indicam outra direção.

– Não há como não crescer, o Brasil está condenado a crescer. A inflação pode ser até um pouquinho maior do que vocês imaginavam, mas o crescimento está contratado. Vamos ter 100 milhões de brasileiros trabalhando até o fim do ano. Os dados reais são renda e emprego para cima, inflação e desemprego para baixo – concluiu o ministro.

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Fonte: Pleno.News


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