O policial militar da reserva Fabrício Queiroz pretende concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições deste ano. Em entrevista publicada no jornal O Estado de S. Paulo na última terça-feira, 18, o ex-assessor parlamentar disse que espera o suporte da família do presidente Jair Bolsonaro (PL) em eventual disputa por uma vaga no Legislativo.
“Se tiver o apoio deles, com certeza serei o deputado mais votado do Rio de Janeiro”, afirmou. Queiroz ressaltou, no entanto, ainda não ter conversado com ninguém da família do chefe do Executivo.
Queiroz revelou ainda que teve uma reunião com a presidente nacional do PTB, Graciela Nienov, para uma conversa informal. “O diálogo foi bom, mas em nenhum momento discutimos a minha candidatura ou mesmo a minha filiação”, esclareceu. Um encontro com o dirigente do partido no Rio de Janeiro, deputado estadual Marcus Vinícius Neskau, também está programado.
Investigado
O policial foi acusado de operar um esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro (PL) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A prática consiste no repasse de parte considerável do salário dos funcionários do gabinete para secretários ou parlamentares.
De acordo com o Ministério Público, o ex-assessor teria entregado o dinheiro oriundo do salário dos funcionários do gabinete ao então deputado estadual. Queiroz e Flávio negam a acusação e reclamam de irregularidades no processo, que segue em compasso de espera na Justiça.
O policial chegou a ser preso preventivamente em junho de 2020, em Atibaia. No entanto, passou menos de um mês na cadeia. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) lhe concedeu o direito à prisão domiciliar. Meses depois, a mesma corte lhe deu direito à liberdade. Em novembro do ano passado, o STJ decidiu que a investigação seguirá apenas mediante uma nova denúncia.
Fonte: Revista Oeste