Ex-senador acusado de mandar matar a mãe de sua filha é preso

O ex-senador de Roraima Telmário Mota foi preso, na noite desta segunda-feira (30), na cidade de Nerópolis, em Goiás. Ele foi procurado pela Polícia Civil durante o dia em uma operação deflagrada para prendê-lo, mas não havia sido localizado. O político é suspeito de ter mandado matar a mãe da própria filha.

Filiado ao Solidariedade, Mota está fora do Senado há dez meses. No ano passado, ele tentou a recondução ao cargo, mas não foi reeleito. O político foi senador entre 2015 e 2022. A investigação que resultou na prisão dele foi aberta para apurar os responsáveis pelo assassinato de Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, mãe de uma filha do ex-senador.

A filha de Antônia e do político, de 17 anos, acusou Telmário de estupro no ano passado. A adolescente narrou que ele tentou tirar a roupa dela em um passeio no Dia dos Pais. Antônia ficou ao lado da filha na denúncia. Quando o caso veio a público, ele negou as acusações e disse ser vítima de perseguição de adversários políticos.

A ex-mulher de Telmário foi morta com um tiro na cabeça no dia 29 de setembro no bairro Senador Hélio Campos, na Zona Oeste de Boa Vista, capital de Roraima, por dois homens em uma moto. Ela foi abordada quando saía de casa para trabalhar.

Duas pessoas próximas a Telmário o colocaram no centro das suspeitas. Uma assessora do ex-senador foi vista indo entregar a moto aos assassinos um dia antes do crime. Os investigadores também descobriram que a moto foi comprada pelo sobrinho do ex-senador.

Telmário Mota, de 65 anos, é formado em Economia pela Universidade Católica de Salvador. Atuou como assessor técnico da Corregedoria-Geral do Tribunal de Contas do Estado de Roraima (TCE-RR). O ex-senador iniciou a trajetória na política em movimentos sociais, em 1990.

O político foi eleito pela primeira vez à Câmara Municipal de Boa Vista em 2005, assumindo o cargo de primeiro suplente. Em 2008, Mota foi o terceiro vereador mais votado da capital roraimense. Nas eleições de 2010, Mota alcançou 54 mil votos, mas não foi eleito ao Senado. Já em 2014, ele foi o mais bem votado da história no estado e conquistou o posto em Brasília.

Antes de se filiar ao Solidariedade, Telmário esteve nas fileiras de PSDC (1996-2005), PDT (2005-2017), PTB (2017-2019) e PROS (2019-2023). Esteve ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) durante parte do processo de impeachment, em 2016, quando estava filiado ao PDT. Com o andamento do processo, mudou de posição e votou a favor do impeachment.

*Com informações AE

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Fonte: Pleno.News


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