Ex-secretário de Transportes Metropolitanos da gestão João Doria (PSDB) em São Paulo, o ex-ministro Alexandre Baldy avaliou, em entrevista à coluna, que a candidatura do ex-governador ao Palácio do Planalto não decola em razão da rejeição enfrentada pelo tucano no próprio estado que governou.
Na avaliação de Baldy, que é presidente estadual do Progressistas em Goiás, essa resistência a Doria em São Paulo se deve a uma “falha de comunicação” do ex-governador, que provocou um “descolamento” na percepção da população sobre as ações do governo paulista e do próprio Doria.
“Houve um descolamento daquilo que a população percebe das ações do governo de São Paulo e das ações do governador João Doria. E é nesse sentido que eu creio que houve essa falha de percepção, de comunicação entre aquilo que está sendo feito e daquilo que se apropria das ações para a pessoa”, avaliou o ex-secretário (confira a partir de 0’34”’).
De acordo com Baldy, esse “descolamento” ocorreu principalmente no enfrentamento à pandemia da Covid-19, quando Doria deveria ter priorizado seu discurso para a população paulista, em vez de usar as ações tomadas por ele em São Paulo para se promover nacionalmente.
Na entrevista à coluna, o ex-secretário de Doria disse apostar na reeleição do presidente Jair Bolsonaro este ano, mas não no primeiro turno. Baldy acredita que o atual chefe do Palácio do Planalto chegará ao segundo turno à frente de Lula, mas pondera que o governo precisa melhorar a economia.
Aliado de primeira hora do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, Baldy minimizou o fato de o Progressistas se aliar nos estados a adversários de Bolsonaro. Em São Paulo, por exemplo, ele reforçou que a lefenda apoiará a reeleição do governador Rodrigo Garcia (PSDB), aliado de Doria.
Em Goiás, o ex-ministro das Cidades do governo Temer trabalha para que o principal palanque de Bolsonaro seja o do atual governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que disputará reeleição. Baldy pretende ser candidato ao Senado na chapa de caiado.
A seguir a entrevista completa:
Fonte: Metrópoles