Comitiva brasileira vai ao Congresso dos EUA para discutir censura e embate entre Musk e Moraes

Na próxima semana, uma comitiva de congressistas brasileiros está nos Estados Unidos para discutir “ataques à democracia” nos dois países. Eles vão se reunir com políticos norte-americanos envolvidos na investigação da invasão ao Capitólio, em 2021. O grupo é liderado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPI do 8 de janeiro.

À Folha de S. Paulo, Eliziane disse que o embate entre Elon Musk, dono do Twitter/X e o ministro Alexandre de Moraes está na pauta, mas não é o foco principal da viagem. Além da senadora, a delegação inclui o senador Humberto Costa (PT-PE) e os deputados Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), Rafael Brito (MDB-AL), Rogério Correia (PT-MG) e Jandira Feghali (PC do B-RJ).

“Quando falamos do caso do Elon Musk, estamos tratando de democracia, respeito ao processo democrático, inclusive interno ao país”, disse Eliziane, à Folha. “Temos um inquérito muito grande que já condenou várias pessoas e outros tramitando, e todos eles têm de alguma forma relação com fake news, com uma tentativa de banalização das redes sociais”

O grupo deve ficar nos EUA de 29 de abril a 2 de maio. A viagem foi organizada e será paga pelo Instituto Vladimir Herzog.

As atividades da comitiva

Os congressistas brasileiros devem se reunir com o deputado norte-americano Jamie Raskin (Maryland), membro do Partido Democrata. Ele faz parte do comitê da Câmara dos Deputados dos EUA que investigou a invasão do Capitólio, ocorrida em 6 de janeiro de 2021.

Raskin também liderou a acusação no segundo processo de impeachment contra o ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Outros encontros estão sendo organizados, incluindo uma conversa com o senador Bernie Sanders (Vermont) e deputados.

“A ideia agora é fazer um debate aprofundado, que pode levar a bons resultados em relação ao fortalecimento da democracia e o combate às fake news”, disse Eliziane.

Ainda à Folha, a senadora disse que os dois episódios são semelhantes, mas afirmou que o Brasil “caminhou um pouquinho mais” na investigação e responsabilização dos envolvidos. Ela mencionou a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), algo que não aconteceu com Trump.

Além da reunião com os congressistas americanos, a comitiva também terá encontros com a secretária-executiva da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, participará de um evento com a sociedade civil e se encontrará com a embaixada brasileira.

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Fonte: Revista Oeste


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