Bolsonaro defende Ribeiro em investigações no MEC: ‘Nenhum ministro meu errou’

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender o ex-ministro Milton Ribeiro a respeito das denúncias de irregularidades no Ministério da Educação (MEC). Em entrevista no domingo 26, ao programa 4 por 4, no YouTube, o chefe do Executivo disse que as investigações começaram a pedido do próprio ex-integrante do governo.

Ribeiro é investigado sobre suposto favorecimento aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, em esquema de liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para prefeituras. A Polícia Federal (PF) se debruça sobre indícios de cobrança de propina para liberação de recursos, em operação que envolve pastores supostamente ligados à pasta.

O ex-ministro foi preso pela PF em Santos (SP) na quarta-feira 22, mas acabou liberado no dia seguinte por um habeas corpus concedido pelo desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), sem participar de audiência de custódia.

“O caso do Milton, agora, quem começou essa investigação foi a Controladoria-Geral da União, a CGU, a pedido do próprio Milton. O Milton achou que algo estava errado, algumas pessoas estavam ao seu lado, a forma como era assediado, e pediu a CGU que fizesse ali um pente-fino em contratos e observar a ação dessas pessoas”, declarou Bolsonaro sobre o episódio no MEC.

“Até que aconteceu o dia D, né? O dia da da prisão do Milton. Deixo, claro, vocês já divulgaram aí que o Ministério Público foi contra a prisão do Milton. Não tinha indícios mínimos ali de corrupção por parte dele. No meu entender, ele foi preso injustamente.”

Ainda sobre o caso no MEC, Bolsonaro voltou a defender a distância de seu governo de casos de corrupção, dizendo que “até o momento nenhum ministro meu errou”.

“Qualquer depósito acima de R$ 10 mil é atípico, mas não justificava o que fizeram com o Milton. O objetivo é constranger, humilhar, dizer que o governo é corrupto, que é igual ao do Lula, essas coisas todas”, rebateu.

Sobre o caso no MEC

O inquérito contra o ex-ministro e outros envolvidos foi aberto depois do vazamento de áudios, em março, em que Ribeiro afirmava que repassava verbas do MEC a municípios indicados por Gilmar Santos, supostamente a pedido de Bolsonaro.

Na época, o jornal O Estado de S. Paulo divulgou que o prefeito Gilberto Braga (PSDB), da cidade de Luís Domingues (MA), disse que o pastor Arilton Moura pediu R$ 15 mil adiantados apenas para protocolar demandas. Em seguida, definiu o preço da propina. “Traz 1 quilo de ouro para mim”, teria dito o religioso ao governante municipal.

No fim de março, Milton Ribeiro foi substituído no MEC por Victor Godoy Veiga e passou a ser investigado pela Comissão de Educação do Senado, junto com o presidente do FNDE, Marcelo Lopes da Ponte.

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Fonte: Revista Oeste


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