Fachin diz que acatar resultado das eleições é ‘inegociável’
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, disse que acatar o resultado das eleições “é expressão inegociável da democracia”. O ministro esteve no Recife, onde palestrou no 1º Encontro do ciclo de estudos mulheres e política, evento promovido pela Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco.
“O Brasil tem eleições limpas, seguras e auditáveis. O acatamento do resultado do exercício da soberania popular é expressão inegociável da democracia pelo respeito ao sufrágio universal e ao voto secreto”, afirmou.
O ministro também comentou sobre a importância de combater a desinformação.
“A defesa da democracia propõe serenidade, segurança e ordem para desarmar os espíritos. Prega o diálogo, a tolerância e a obediência à legalidade constitucional. E por isso, enfrenta a desinformação com dados e com informação correta. A Justiça Eleitoral conclama para a paz”, declarou.
Teste de integridade
À tarde, o ministro participou de uma reunião com o presidente do TRE em Pernambuco, André Guimarães, e com o vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Moacyr Araújo.
O encontro debateu a implementação de uma iniciativa de automação no processo de testes de integridade das urnas, feita em parceria com o Centro de Informática da UFPE.
O projeto propõe utilizar um braço robótico e inteligência artificial para simular a votação que ocorre durante o teste de integridade na urna eletrônica. O mecanismo tem como objetivo automatizar o processo de auditoria das urnas.
Participação feminina na política
No evento, Fachin também disse que as mulheres continuam sub-representadas no Legislativo. De acordo com dados do TSE, em 2020, elas somaram cerca de 16% das eleitas no país, embora representem a maioria do eleitorado brasileiro.
“Não demanda cálculos acurados ou complexos a percepção sobre o quão discrepante é a relação entre a população feminina e a representatividade”, afirmou Fachin. “Também não demanda maiores digressões a identificação de sedimentada realidade de desigualdade entre gêneros que nos impõe repisados e verticalizados estudos e debates”.
Fonte: Revista Oeste