Servidores da EBC decidem entrar em greve

Funcionários da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) vão entrar em “greve por período indeterminado”, a partir de amanhã. A decisão foi tomada em assembleia, na quarta-feira 24.

Conforme o Sindicado dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, a paralisação se dará em razão da “conduta recriminável da TV, que, desde 2020, não sinaliza para realização de uma efetiva negociação salarial”.

Entre outros pontos, os servidores protestaram contra “descaso patronal, as perdas salariais, a negativa da empresa em manter direitos que constam em Acordos Coletivos de Trabalho”, além das tentativas de privatização da companhia.

O presidente Jair Bolsonaro quer vender a TV. Em agosto desde ano, o chefe do Executivo incluiu a EBC no Programa Nacional de Desestatização. A empresa é federal e pública, de capital fechado.

Em linhas gerais, a EBC trabalha com a prestação de serviços de informação e radiodifusão pública. Em 2019, valia R$ 307 milhões. Têm 1,8 mil funcionários.

Raio X da EBC

A TV Brasil foi criada em dezembro de 2007, quando acabou batizada de TV Lula. Na época, a EBC ficou com o sinal da antiga TVE e a estrutura da Radiobrás — ou seja, com os bens públicos da União. Sob o guarda-chuva da EBC, também estão a Agência Brasil de notícias on-line e as rádios Nacional (AM e FM) em Brasília, Rio de Janeiro, Amazônia e Alto Solimões.

Trata-se de uma operação que custa R$ 560 milhões por ano aos cofres da União, orçamento que já foi de R$ 1,1 bilhão nos anos Lula e Dilma Rousseff — quando exibia com pompa produções feitas em Luanda (Angola), por exemplo. Atualmente, a empresa possui um quadro com 1.877 funcionários, com salário médio de R$ 11.012 — o maior valor é de R$ 48.582.


Fonte: Revista Oeste


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