Vacinação de crianças: Doria começa a aplicar a CoronaVac

O governador João Doria (PSDB) iniciou nesta quinta-feira, 20, a vacinação de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos com a CoronaVac. O ato se deu em um evento na Escola Estadual Brigadeiro Faria Lima, zona oeste da capital paulista.

Conforme noticiou Oeste, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a vacinação de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos que não são imunossuprimidas (pessoas cujo sistema imunológico não funciona bem).

Em entrevista coletiva, Doria prometeu que todas as crianças receberão o imunizante contra a covid-19 em até três semanas. A vacina da Pfizer será destinada prioritariamente às crianças de 5 anos, informou o governador.

Doria disse ainda que o Estado tem condições de vacinação “250 mil crianças por dia” a partir de amanhã. Isso porque o O Instituto Butantan teria 15 milhões de doses da vacina prontas e disponíveis para iniciar a imunização.

A vacina da Pfizer estava autorizada desde o ano passado para a aplicação em crianças a partir de 5 anos. Ela foi aplicada pela primeira vez em crianças na sexta-feira 14. O Ministério da Saúde negocia a aquisição de mais doses.

Veja o novo calendário do processo

Vacinação de crianças não deveria ser prioridade no Brasil

A decisão da Anvisa de liberar a vacinação de crianças contra a covid-19 preocupou pais e boa parte da comunidade médica, que questionam a necessidade de vacinação desse grupo e a falta de estudos clínicos que contemplem essa população.

O médico clínico geral e doutor em imunologia Roberto Zeballos diz que vacinar crianças “não deveria ser prioridade” no Brasil. “Precisamos analisar o momento da pandemia no país”, afirma Zeballos.

“Os casos e as mortes por covid-19 estão em queda há alguns meses e a doença caminha para se tornar endêmica”, disse o médico. Além disso, Zeballos questiona a vacinação em uma faixa etária que foi pouco afetada pelo coronavírus.

“No caso das crianças, as fatalidades foram mínimas, além de existirem estudos que revelam que as crianças transmitem menos do que os adultos”, observou o médico, ao mencionar que os casos de contaminação em crianças são baixos.


Fonte: Revista Oeste


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