O cartunista anti-Israel que já recebeu prêmio do Irã

O cartunista brasileiro Carlos Latuff acabou envolvido, na última semana, no episódio que levou à saída de Hélio Doyle da presidência da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). No passado, o “ativista artístico”, como se denomina, já ganhou prêmio em concurso de charges no Irã e figurou lista de “dez maiores antissemitas do mundo”.

O International Holocaust Cartoon Contest (Concurso Internacional de Cartum do Holocausto, em tradução livre do inglês) aconteceu em 2006. Organizado pelo jornal iraniano Hamshahri, seu objetivo seria denunciar o que chamam de “hipocrisia ocidental sobre a liberdade de expressão”.

Na ocasião, Carlos Latuff e outros dois brasileiros foram premiados, sendo que ele ficou em um destacado segundo lugar, atrás apenas de um marroquino. Ele recebeu a quantia de US$ 8 mil, que dividiu com um francês.

Em sua charge, Latuff ilustra um palestino que faz referência aos prisioneiros judeus dos campos de concentração nazistas. Com uniforme listrado e identificação por número, lua crescente (símbolo do islamismo) e letra “P” de “palestino”, o chargista atribui ao Estado de Israel o papel de nazistas do século 21, cujas vítimas seriam, por sua vez, o povo palestino.

Latuff já esteve em ‘top 10’ antissemitas do mundo

No seu ofício de cartunista, o brasileiro atua há muitos anos na militância de esquerda. Entre outras pautas, ilustrações suas acusam a Polícia Militar (em especial a paulista) de racismo contra os negros, e o Estado de Israel de genocídio contra os palestinos.

Ele já figurou na terceira posição em uma lista dos supostos “dez maiores antissemitas do mundo”. A lista, de 2012, é de autoria do Centro Simon Wiesenthal, organização de direitos humanos, e levou em conta pessoas e instituições.

Latuff não se reconhece como tal. “Quem como eu que apoia os palestinos e critica Israel é tachado de antissemita”, disse em 2019 em seu Twitter/X, mencionando a lista de 2012.

Presidente da EBC teria pedido para sair depois do endosso embaraçoso

Não precisa ser sionista para apoiar Israel.

Ser um idiota é o bastante.

No mesmo dia em que o seu endosso público ao comentário de Latuff veio à tona, Hélio Doyle se pronunciou a respeito de sua saída. “O ministro Paulo Pimenta me manifestou hoje seu descontentamento”, descreveu. “Pedi desculpas e comuniquei que deixo a presidência da EBC.”

O cartunista também se pronunciou na rede, prestando “solidariedade com Hélio Doyle, demitido da EBC por ter retuitado” sua postagem. E reiterou: “Quem apoia Israel e sua campanha de destruição em Gaza não só é idiota como também desonesto.”

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Fonte: Revista Oeste


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