Metralhadoras furtadas do Exército em SP são encontradas em favela do Rio

Oito das 21 armas furtadas do Exército em São Paulo foram encontradas em uma favela da zona oeste do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada nesta quinta-feira, 19, pelo Comando Militar do Sudeste.

As armas estavam dentro de um carro roubado em Gardênia Azul. A Delegacia de Repressão a Entorpecentes encontrou quatro metralhadoras calibre 50 e quatro calibre 7,62.

Maurício Vieira Gama, general do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste, disse em entrevista coletiva que a principal linha de investigação é que o furto tenha sido realizado com a participação de militares da corporação. O diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo — em Barueri, de onde as armas foram furtadas  — será exonerado.

Militares temporários serão expulsos por furto de metralhadoras

Gama também explicou que as armas sumiram entre 5 e 9 de setembro. Cerca de 500 militares de todas as patentes ficaram impedidos de deixar o quartel para cooperar com as investigações durante uma semana. O general disse que ainda há 160 deles aquartelados. 

Penalidades serão aplicadas. Os militares temporários serão expulsos, e os de carreira passarão por conselhos de justificação ou disciplina. Gama também disse que o Exército considera o episódio “inaceitável”, e que está “revisando processos”.

Quero parabenizar os policiais da nossa Delegacia de Repressão a Entorpecentes que, na tarde de hoje, encontraram 8 das 21 metralhadoras furtadas do Exército em Barueri, São Paulo. Quatro metralhadoras ponto 50 e outras 4 MAGs, calibre 7,62 foram interceptadas pela @PCERJ. pic.twitter.com/F4JHvsCZEe

A discrepância no número de armas no Arsenal de Guerra de São Paulo foi identificada em 10 de outubro. Entre as 21 armas que desapareceram, 13 eram metralhadoras norte-americanas calibre 50. As outras 8 eram belgas calibre 7,62.

O Comando Militar disse, por meio de nota, que os armamentos estavam inservíveis: não funcionavam de modo adequado ou tinham sido recolhidos para manutenção.

As investigações apontam que os criminosos que furtaram as armas pediram R$ 180 mil por cada metralhadora calibre 50. O traficante William de Souza Guedes, conhecido como Corolla, foi um dos procurados pelo grupo como comprador. Corolla comanda o Complexo de Manguinhos, na zona norte do Rio.

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Fonte: Revista Oeste


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