Fux cobra PM do Rio por operação na Vila Cruzeiro

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, afirmou nesta quinta-feira, 26, que a Polícia Militar do Rio de Janeiro deve satisfações a respeito da operação policial na Vila Cruzeiro (RJ). Na ação, que deixou pelo menos 23 mortos, as forças policiais mataram Edgar Alves de Andrade (Doca), chefe do tráfico na comunidade.

A PM chegou a contabilizar 26 mortes, mas nesta quinta informou que três casos ligados inicialmente à operação foram resultado de um confronto entre traficantes no Morro do Juramento.

Ao comentar o caso na abertura da sessão plenária da Corte, Fux afirmou que preferiu “não polemizar”, mas aguarda manifestação da PM do Rio sobre o caso.

“Tendo em vista a posição em que se encontra o STF, achei por bem não polemizar com a PM. A PM deve satisfações, eu estou aguardando essas satisfações”, disse o ministro.

O ministro Gilmar Mendes afirmou que o ocorrido foi uma “violência policial lamentável” e que o quadro é “extremamente preocupante”.

“Começo fazendo um breve registro a propósito de eventos ocorridos no Rio de Janeiro, essa violência policial lamentável, com quadro extremamente preocupante. E com palavras de autoridades locais atribuindo ao Supremo Tribunal Federal a responsabilidade por essa tragédia, que nós sabemos que é um problema estrutural”, afirmou.

Fachin também se pronunciou

Ontem, o ministro Luiz Edson Fachin conversou com o procurador de Justiça do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, e demonstrou “muita preocupação” com o “índice tão alto de letalidade” da ação, conforme informou a assessoria do Supremo.

O ministro também afirmou que “tem confiança de que a decisão do STF será cumprida, com a investigação de todas as circunstâncias da referida operação”.

Fachin é relator no Supremo da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635 – ADPF das Favelas – que restringe a realização de operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro durante a pandemia de covid-19.

 

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Fonte: Revista Oeste


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