Fechamento de escolas: alunos do ensino médio de SP têm pior desempenho da história

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou nesta quarta-feira, 2, que os alunos do ensino médio tiveram o pior desempenho da história em 2021. Os resultados são do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), uma prova à qual os alunos são submetidos.

Conforme o Saresp, 97% dos alunos da rede estadual vão sair da escola com desempenho abaixo do adequado em matemática. A nota média de proficiência em matemática desse ciclo foi de 265, abaixo dos 270 de 2010, quando se iniciou a série histórica. Em relação a 2019, a variação foi de -4,5%.

Em linhas gerais, o aluno da 3ª série do ensino médio deixou o colégio com proficiência de matemática de um estudante do 7º ano do ensino fundamental, uma defasagem de quase seis anos. A média de conhecimento na matéria foi de 264 pontos, uma queda de 13 pontos em relação ao resultado de 2019 (277).

o aluno da 3ª série do ensino médio deixou o colégio com proficiência de matemática de um estudante do 7º ano do ensino fundamental, uma defasagem de quase seis anos

Fechamento de escolas impacta o português

Em língua portuguesa, o aluno do 3º ano do ensino médio saiu da escola com proficiência adequada ao estudante do 8º ano do ensino fundamental. Quatro em cada dez estudantes apresentaram conhecimentos “abaixo do básico”.

Nessa disciplina, 76% foram avaliados com conhecimentos abaixo do adequado em 2021. Um crescimento de 8,6 pontos porcentuais em relação a 2019, quando 68% dos alunos receberam a mesma avaliação.

A média de proficiência na disciplina foi de 263, queda de 12 pontos em relação a 2019 (275), e também a pior da série histórica. As provas foram aplicadas em dezembro de 2021 para mais de 640 mil alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio da rede estadual.

Secretário da Educação reconhece cenário caótico

Em coletiva de imprensa, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, admitiu hoje que o ensino que “já era ruim ficou pior”. “Estou usando uma frase que já foi muito publicizada para dizer que o ensino médio já estava no fundo do poço e a pandemia mostrou que podia piorar”, disse. Segundo o secretário, não há previsão para que os alunos recuperem o tempo perdido.


Fonte: Revista Oeste


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