Médicos anunciam greve nas unidades de saúde de SP
Os médicos, que atendem nas unidades básicas de saúde de São Paulo, decidiram entrar em greve na quarta-feira 19. A decisão foi tomada em assembleia na noite de quinta-feira 13.
A categoria pede à Prefeitura de São Paulo e à Secretaria Municipal de Saúde a realização de uma reunião com o sindicato da categoria profissional, uma resposta para a reestruturação das equipes desfalcadas e um plano de reposição dos profissionais afastados.
Na assembleia, os médicos decidiram dar um prazo até segunda-feira 17 para a resposta e prometem reavaliar a paralisação.
A lista de reivindicações inclui contratação imediata de mais equipes para o atendimento; desobrigação do comparecimento em fins de semana e feriados e diálogo entre sindicato e prefeitura.
Os profissionais de saúde argumentam que as equipes estão exaustas, há jornadas intermináveis de trabalho, cobranças de metas, falta de insumos e unidades de saúde superlotadas.
Segundo o sindicato da categoria, os médicos lidam há mais de dois anos com uma intensa sobrecarga e adoecimento físico e psíquico.
O que diz a prefeitura
A Secretaria Municipal de Saúde rebateu as acusações e informou que desde janeiro de 2021 autorizou a contratação de equipes de enfermagem e administrativos para auxiliarem no trabalho.
“No atual momento, devido à variante Ômicron, são muitos casos em um curto período de tempo, promovendo aumento nos atendimentos nas unidades”, explicou.
Desde o último sábado, 8 de janeiro, as unidades passaram a abrir todos os sábados até a diminuição dos casos de sintomáticos respiratórios na capital.
“Os parceiros iniciarão o cronograma de pagamento de horas extras a partir deste mês”, informou.
Fonte: Revista Oeste