OMS desaconselha uso de plasma de pacientes curados da covid para tratar a doença

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta terça-feira, 7, uma nova diretriz que desaconselha o uso de plasma convaslencente para tratar pacientes com covid-19.

Segundo a agência da ONU, a transfusão com o plasma de alguém que já se recuperou da doença não é eficaz nem faz aumentar as taxas de sobrevivência.

A recomendação foi publicada no British Medical Journal.

A entidade desaconselha o uso do plasma para qualquer quadro da doença, mas abre uma possibilidade de uso para pacientes graves ou críticos — desde que eles estejam participando de estudos clínicos.

Para os casos não graves da doença, a OMS faz uma “forte recomendação” contra o uso do tratamento.

O tratamento

O tratamento com plasma convalescente envolve retirar anticorpos neutralizantes do plasma — uma parte do sangue — de pacientes que já se curaram da covid-19.

A partir daí o plasma é colocado em pacientes com um quadro ativo da doença, para acelerar sua recuperação. A estratégia vem sendo testada desde o início da pandemia, antes do surgimento das vacinas.

Instituto Butantan organiza tratamento no Brasil

No Brasil, o uso dessa parte do sangue com anticorpos é liderado pelo Butantan.

O instituto “organizou uma rede de municípios para o uso do plasma”, informou em uma publicação no site, em setembro.

Na época, aproximadamente 120 pessoas já tinham sido submetidas ao tratamento em todo o Estado de São Paulo.

“O plasma convalescente é indicado para quem apresenta sintomas de covid-19 há no máximo 72 horas. Os públicos-alvo são os imunossuprimidos, idosos e pacientes com comorbidades, ou seja, pessoas que têm mais dificuldade na defesa do organismo”, orientou o instituto.

A rede de plasma convalescente criada pelo Butantan conta com a participação de cidades como Batatais, Boituva, Capão Bonito, Indaiatuba, Itapetininga, Itu, Jaú, Laranjal Paulista, Matão, Osasco, São Roque, Taquaritinga, Santos e Araraquara.

Oeste entrou em contato com a assessoria do Instituto Butantan, mas até o momento não obteve retorno.


Fonte: Revista Oeste


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