Desenvolvimento de novos campos offshore vai atrair US$ 36,7 bilhões em investimentos para o mercado de petróleo e gás brasileiro

Plataforma da Petrobras operando no campo Marlim Sul, na Bacia de Campos Foto: Divulgação / julho 2012 Foto: Agência O Globo

O Brasil deve atrair cerca de 10% dos recursos voltados a novos projetos no setor de petróleo e gás no mundo inteiro até 2025, com uma carteira invejável de novos investimentos em campos offshore. Além disso, o Brasil receberá investimentos na ordem de US$ 36,7 bilhões nesse período, que serão aplicados no desenvolvimento de ativos offshore. O cálculo pertence à Rystad Energy, que ressalta ainda que as operadoras presentes no país sancionaram 10 projetos ao longo de 2021. Para o futuro, uma série de outros investimentos em campos offshore também estão planejados, incluindo o projeto de revitalização de Barracuda-Caratinga, a descoberta de Natator, os FPSOs adicionais em Atapu e Sépia, o projeto Neon da Karoon, entre outros.

Setor de petróleo e gás brasileiro se expande após fim da pandemia

A Rystad também menciona que o impulso sancionador de petróleo e gás no país se expandiu no último ano, após estagnar em 2020, com a chegada da pandemia do Covid-19. Entre os projetos de investimentos aprovados no último ano, estão quatro empreendimentos da Petrobras: Mero 4, FPSOs Búzios 6 e 7 e o FPSO Maria Quitéria. Antes, a estatal brasileira já havia anunciado a sanção de grandes projetos em campos offshore em 2019, incluindo Búzios 5, Mero fase 2 e os projetos de revitalização do campo de Marlim.

Além da Petrobras, as empresas internacionais que atuam no setor de petróleo e gás também contribuíram com investimentos para o crescimento da carteira de desenvolvimentos de novos campos offshore no país. A lista conta com os planos de redesenvolvimento brownfield da Perenco nas áreas de Carapeba, Vermelho e Pargo, aprovados em janeiro do último ano. Enquanto isso, a australiana Karoon está se preparando para o desenvolvimento de Patola.

A norueguesa Equinor está concentrando esforços para seu projeto no campo de Bacalhau, primeiro projeto greenfield não operado pela Petrobras na área de petróleo e gás do pré-sal brasileiro.

Atividades no mercado de petróleo e gás podem continuar positivas nos próximos três anos

A Rystad Energy também antecipa que mais cinco empreendimentos de greenfield do pré-sal serão operados por companhias do setor de petróleo e gás nos próximos dois anos.

Os empreendimentos são os campos offshore Gato do Mato da Shell e Wahoo da PetroRio ainda este ano,e as descobertas de gás Pão de Açúcar, Seat e Gávea da Equinor, no bloco BM-C-33, no final do próximo ano.

A estimativa é que a atividade continue forte nos próximos três anos e meio, com diversos projetos em linha para sanção no setor, incluindo os FPSOs para Búzios 8 e 9, campos offshore da Petrobras em Sergipe-Alagoas Águas Profundas (SEAP) e Berbigão/Sururu Fase 2. 

Gastos com petróleo e gás podem chegar a US$ 11 bilhões ainda este ano

A Rystad ressalta que os gastos com o setor de petróleo e gás da América do Sul devem subir para cerca de US$ 11 bilhões ainda este ano, registrando um aumento de 27% em relação ao ano anterior, por conta dos preços elevados do petróleo, à recuperação da demanda global por petróleo e aos balanços de E&P mais saudáveis.

Sendo assim, este será o maior aumento percentual ano a ano em cerca de 15 anos, contribuindo para a considerável expansão geral de 54% na região de 2020 a 2023, quando os preços devem começar a se tornarem estáveis.

De acordo com a empresa, a estimativa é que um aumento relativamente grande no CAPEX aconteça em um momento de incerteza econômica, dominado pela inflação, aumentando potencialmente os custos para os proprietários que executarão os próximos trabalhos.


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Fonte: Click Petróleo e Gás


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