Coreia do Norte tem pintado seus submarinos de verde para melhor camuflagem nas águas esverdeadas do Mar do Leste

Ao contrário do usual preto ou cinza escuro, a Coreia do Norte escolheu o verde para os submarinos que operam no Mar do Leste, uma região conhecida por suas águas ricas em plâncton, que lhes conferem uma tonalidade esverdeada. Esta decisão visa ocultar as embarcações da vigilância aérea, especialmente das aeronaves anti-submarino.

Os submarinos de classe Yugo e Sang-O, adaptados para operações em águas rasas, destacam-se nesta frota. Com a parte superior pintada de verde, eles se misturam ao ambiente marinho, dificultando sua detecção. Além desses, a classe Romeo, maior e operante desde os tempos soviéticos, também adota a mesma estratégia de camuflagem.

Esta escolha estratégica não é única na história militar mundial. Durante as décadas de 1930 e 1940, os Estados Unidos experimentaram pintar submarinos de cinza claro para camuflar-se contra o horizonte nebuloso. No entanto, a deterioração da cor levou à adoção do preto, que oferece menor degradação e é eficaz para operações submersas prolongadas.

Apesar de obsoletos, os submarinos norte-coreanos representam uma ameaça potencial, especialmente para navios comerciais não escoltados. A maior parte de sua frota é obrigada a navegar na superfície para respirar, tornando-os vulneráveis, mas ainda capazes em conflitos regionais.

Enquanto a tecnologia dos submarinos avança globalmente, a Coreia do Norte utiliza o verde não apenas como camuflagem, mas como uma declaração de sua capacidade de adaptar-se e persistir em um cenário militar complexo e vigilante.

Os submarinos são tradicionalmente pintados de preto ou cinza escuro por várias razões relacionadas principalmente à camuflagem e à durabilidade da tinta sob condições extremas de mar. O preto tem se mostrado eficaz na camuflagem, especialmente em profundidades maiores, onde a luz é limitada, ajudando a ocultar os submarinos contra o fundo oceânico escuro.

A camuflagem preta foi adotada principalmente após a Segunda Guerra Mundial. Experimentos realizados pelos Estados Unidos mostraram que o azul escuro, apesar de inicialmente mais eficaz para a camuflagem, deteriorava-se rapidamente e tendia a desbotar para um tom esbranquiçado, que se tornava mais visível. O preto, por outro lado, mantém sua cor mais consistentemente sob as condições adversas do ambiente marinho.

Adicionalmente, a superfície externa dos submarinos modernos é frequentemente coberta com uma camada de borracha anecoica, que contém negro de carbono. Essa camada é projetada para absorver e distorcer as ondas sonoras dos sonares inimigos, melhorando a furtividade acústica do submarino. O negro de carbono não só melhora as propriedades mecânicas da borracha, mas também contribui para a eficácia da camuflagem acústica, e a cor preta resultante é ideal para tais aplicações.


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Fonte: Click Petróleo e Gás


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