Humilhação de servidores para tentar tirar desconto sindical é desproporcional e são empurrados em fila veja o vídeo

A fila de servidores do Distrito Federal insatisfeitos com a aprovação do desconto de 1% no salário a título de taxa assistencial teve confusão e um homem chegou a ser derrubado.

O servidor, com uniforme do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), foi empurrado e caiu no chão, gerando revolta das outras pessoas que aguardavam na porta do Sindser, no Conic. O caso teria ocorrido na manhã dessa segunda-feira (9/10).

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Um vídeo obtido mostra o homem já caído. Ele se levanta com a ajuda de colegas e, em seguida, as pessoas que aguardavam no local acusam o segurança de agredir o servidor. “É assim que vocês estão tentando resolver? Desse jeito, agredindo um senhor de idade?”, gritou uma mulher. “Eu não vou admitir isso. Vou chamar a polícia agora”, acrescentou.

Depois de se levantar, o homem que foi empurrado declarou, indignado, que tem “40 anos de DER-DF”. “Não são 40 dias não”, afirmou.

Servidores das categorias representadas pelo Sindicato dos Servidores e Empregados da Administração Direta, Fundacional, das Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista do DF (Sindser) têm até esta quarta-feira (11/10) para apresentar declaração em que desautorizam a cobrança do desconto de 1% no salário, aprovada em assembleia na última semana.

Os servidores criticaram a medida do Sindser, afirmando que a aprovação ocorreu “às escuras”.

Servidor do Governo do Distrito Federal (GDF) lotado na Administração de Arniqueira, Euci Lucio da Silva, 58, criticou o horário de atendimento disponibilizado pelo Sindser. “O horário é das 10h até as 12h e das 14h até as 16h. É um horário no qual todos os funcionários do GDF estão trabalhando. Fizeram um negócio para impedir mesmo o servidor de contestar o desconto. É um absurdo”, reclamou.

Uma outra funcionária pública, que não quis se identificar, queixou-se do atendimento precário. “A gente tem que ficar sentado no chão, aguardando. É um prazo muito pequeno, muito exíguo. Isso é uma total falta de respeito. Eu não entendo como que um sindicato com esse comportamento pode se dizer um sindicato de representação”, disse.

Diretor do Sindser, André Luiz disse à coluna Grande Angular que o segurança da entidade não empurrou o servidor na manhã desta terça-feira. “Foi um empurra-empurra e o senhor caiu nesse empurra-empurra. Não foi nenhuma agressão, não, tanto que ele saiu de lá sem se desfiliar”, declarou.

“Normalmente, quando tem essas filas e tumulto de gente, tem esses desentendimentos. Mas está tranquilo. O sindicato aumentou o número atendentes e está melhorando lá para agilizar mais as filas. O servidor que não quiser contribuir está no direito dele”, afirmou.

Segundo o diretor do Sindser, a flexibilização do prazo para desautorização da cobrança e os mecanismos desse desconto poderão ser revistos em uma nova assembleia, ainda não marcada.

Em assembleia realizada no último dia 3 de outubro, o Sindser aprovou o desconto de 1% mensal nos salários dos servidores não filiados ao sindicato, a partir de dezembro de 2023.

Segundo a ata da assembleia, o desconto não é de imposto sindical, mas “taxa assistencial”, e somente os servidores não filiados é que pagariam.

Um servidor que defendeu o desconto, durante a assembleia, disse que a cobrança é justa porque os profissionais, apesar de não serem filiados, se beneficiam dos acordos coletivos e direitos obtidos pela entidade.

Metrópoles/Na Mira

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Fonte: TBN


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