Goldman Sachs recomenda venda de estatais brasileiras por causa de interferência política

O banco de investimento americano Goldman Sachs recomendou nesta segunda-feira, 25, que investidores vendam ações e títulos de empresas estatais brasileiras.

Por outro lado, o Goldman Sachs sugeriu que os investidores comprem ações de empresas do setor privado, que devem se beneficiar do ciclo de cortes das taxas de juros por parte do Banco Central (BC).

“O aumento da intervenção governamental nas estatais brasileiras trouxe atenção ao potencial prêmio político para ações e crédito no Brasil. Nós acreditamos que o Brasil está negociando em linha com mercados emergentes da perspectiva de relações entre ativos”, salientaram os estrategistas Jolene Zhong, Nathan Fabius e Caesar Maasry. “Dito isso, estatais brasileiras negociam a múltiplos historicamente mais altos do que seus pares privados listados. Essa relação se mantém numa comparação relativa de ativos entre crédito e ações.”

Goldman Sachs relembra mudança na política de dividendos da Petrobras

O Goldman Sachs citou a mudança na política de dividendos da Petrobras, interferências passadas em estatais, e salientou como esses eventos costumavam causar um aumento no prêmio de risco dessas companhias

O banco norte-americano citou nominalmente asa ações da Petrobras, Banco do Brasil, Sabesp e Cemig.

“Na medida em que o ciclo de cortes [de juros] nos Estados Unidos e no Brasil se desenvolve, as estatais podem ser superadas por pares do setor privado num ambiente de juros mais baixos, como foi o caso no passado”, aparece no relatório do Goldman Sachs, “Embora os fundamentos das estatais pareçam fortes, os múltiplos elevados as deixam mais suscetíveis a um potencial rebaixamento nos ratings em caso de maior intervenção do governo.”

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Apesar de essas companhias terem fundamentos sólidos, diz o Goldman Sachs, elas são negociadas a múltiplos historicamente altos na comparação com os pares privados e podem sofrer intervenções governamentais que podem causar rebaixamentos de notas de crédito.

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À medida que o ciclo de cortes nos EUA e no Brasil tem seus desdobramentos, diz o Goldman Sachs, as empresas estatais podem ser ultrapassadas pelos pares do setor privado num ambiente de taxas mais baixas.

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Fonte: Revista Oeste


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