FMI: Guerra e China preocupam menos do que ‘fragmentação global’

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou que a tendência de fragmentação econômica e política é a principal preocupação da organização neste momento, na frente da guerra entre Rússia e Ucrânia e da atual desaceleração econômica da China.

A declaração de Georgieva aconteceu durante participação no Fórum Econômico Mundial (WEF, sigla em inglês), em Davos, na Suíça. A dirigente do FMI falou no painel chamado de ‘Cortina de Ferro econômica: cenários e suas implicações’.

Em abril, o FMI reduziu sua perspectiva de crescimento global para 2022 de 4,4% para 3,6% — o segundo rebaixamento deste ano.

“O que mais nos preocupa não é o fato de termos esses rebaixamentos, porque de 3,6% para território negativo há um longo caminho a percorrer”, comentou a diretora-gerente do FMI.

“O que mais nos preocupa é o risco de entrarmos em um mundo com mais fragmentação, com blocos comerciais e blocos monetários, separando o que até agora era uma economia mundial integrada.”

Georgieva nasceu em 1953 na Bulgária, então integrante do bloco liderado pela União Soviética na Guerra Fria contra nações do Ocidente. A dirigente do FMI disse temer que o mundo caminhe para uma separação político-econômica que remeta aos moldes daqueles tempos.

“A tendência de fragmentação é forte. Eu fui criada do outro lado da Cortina de Ferro. Eu odiava. E posso dizer a vocês que me assusta que talvez estejamos cambaleando depois da guerra para outra guerra fria”, declarou, sem detalhes de como projeta a nova configuração internacional.

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Fonte: Revista Oeste


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