Elon Musk recusa a oferta de Bolsonaro para explorar nióbio e grafeno, pois estaria interessado nas reservas de lítio nacional, a sétima maior do mundo

Elon Musk esteve no Brasil na última sexta-feira (20) e se reuniu com a cúpula do governo federal, alguns grandes empresários e ministros, para tratar de assuntos relacionados à Amazônia e a implementação da Starlink no norte do país. Todavia, Bolsonaro ainda discutiu outros assuntos como o fornecimento de metais e minerais como nióbio e grafeno, que serviriam para as baterias dos carros da Tesla, da qual Elon Musk é dono. No entanto, o bilionário não demonstrou amplo interesse na exploração desses metais, uma vez que já deixou claro, em outras oportunidades, sua grande vontade em participar da mineração do lítio.

Especialistas e pesquisadores apontam que o Brasil tem a sétima maior reserva de lítio no mundo, com boa parte dela na Amazônia e isso pode tornar o país um dos maiores produtores e exportadores do metal. De acordo com os estudos, estima-se um total de 95 mil toneladas em território nacional, que poderiam ser exploradas imediatamente, mediante uso de tecnologia. No entanto, se forem contabilizadas as reservas ainda inacessíveis, o Brasil chega à impressionante marca de 470 mil toneladas. Esses dados são do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

Em abril de 2022, próximo de acertar as negociações para a compra do Twitter, Elon Musk já havia manifestado seu interesse na mineração do lítio, uma vez que é o metal mais usado nas baterias. Um tuíte do World of Statistics, apontou para o aumento de 1.753% no preço da tonelada de lítio, em comparação com 2012 e Elon Musk respondeu a ele apontando seu interesse na mineração do metal porque o preço “atingiu níveis insanos” no mercado.

Ainda segundo o bilionário, o lítio está em quase todos os lugares da terra, sendo assim, o problema não seria a escassez, mas o processo de extração e refino que é muito demorado. Dessa forma, ele deixou no ar o seu interesse em adentrar nesse ramo para favorecer o desenvolvimento das baterias para os veículos elétricos da Tesla.

Embora alguns estudos tenham demonstrado ótima eficácia com baterias de íons sódio, nada supera a leveza e densidade energética que o lítio propõe, o que justifica o interesse de Elon Musk.

O presidente Jair Bolsonaro deu uma declaração afirmando que chegou a conversar com Elon Musk sobre o grande potencial do Brasil para exploração do nióbio e grafeno, que poderiam ser materiais para fabricação de baterias ainda mais potentes. No entanto, o bilionário não demonstrou grande interesse no nióbio no atual momento, mas talvez no grafeno.

Eles acham que tem que esperar um pouco mais para investir nessa área. Eu falei que o Brasil é o único país do mundo que até o momento detém 98% das reservas de nióbio. Então ele acredita que, no momento, não é hora de investir nesse tipo de bateria.

Jair Bolsonaro (2022)

Todavia, o presidente se mostrou otimista, afirmando que se o estudo em vigor tiver resultados promissores, Elon Musk deverá voltar seus olhares para as novas baterias de nióbio e grafeno, investindo no ramo. Afinal, segundo Bolsonaro, isso seria uma grande revolução para a indústria automobilística que busca energia renovável para mobilidade.


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Fonte: Click Petróleo e Gás


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