Consumo nos lares tem crescimento tímido de 2,89% em outubro

O consumo nos lares brasileiros, medido pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados), teve alta de 2,89% em outubro, na comparação com o mês anterior. São considerados resultados de atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce. Além disso, 62% dos supermercadistas projetam o Natal com consumo superior ao do ano passado.

Todos os indicadores são deflacionados pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparação com outubro do ano passado, a alta do consumo é de 0,61%, e no acumulado do ano, é de 2,64%. 

 

O crescimento no mês pode ser atribuído à inauguração de novas lojas e promoções, avalia o vice-presidente da Abras, Marcio Milan. “As atividades promocionais tradicionalmente se intensificam no segundo semestre, combinadas com a renda mais estável e a menor variação nos preços da cesta de abastecimento dos lares.”

De janeiro a novembro, entraram em operação 573 lojas, 306 novas e 267 reinauguradas. Os principais formatos são supermercados (185) e atacarejos (121).

 

 

A associação diz que, apesar da alta registrada no mês, as quedas nos preços foram expressivas de janeiro a outubro (-6,43%) e nos últimos 12 meses (-5,08%). As principais influências foram o preço do óleo de soja, que teve redução de 30,94%, do feijão, com diminuição de 23,12%, dos cortes bovinos do dianteiro (-12,61%) e do traseiro (-12,44%), do frango congelado (-9,55%) e do leite longa vida (-6,10%).

Os preços dessa cesta caíram de R$ 754,98, em janeiro, para R$ 705,93, em outubro, variação de -6,43%, equivalente a cerca de R$ 50.

De acordo com os dados da Abras, o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) teve alta de 0,10% em outubro na comparação com setembro.

Segundo o levantamento, as principais altas do mês foram batata (11,23%), cebola (8,46%), arroz (2,99%), carne bovina – corte traseiro (1,94%), açúcar refinado (1,88%), tomate (0,97%), extrato de tomate (0,83%) e pernil (0,57%).

A maior retração em outubro foi registrada na cesta de lácteos com leite longa vida (-5,48%), queijos muçarela e prato (-1,14%), leite em pó (-0,87%), margarina cremosa (-0,60%).

Na cesta de produtos básicos, as principais quedas vieram do feijão (-4,67%), do óleo de soja (-1,77%), do café torrado e moído (-1,23%), da farinha de mandioca (-0,65%), da farinha de trigo (-0,56%).

Entre as proteínas que mantiveram a tendência de queda nos preços estão ovos (-2,85%), carne bovina – corte do dianteiro (-0,30%). As altas foram registradas na carne bovina – corte do traseiro (1,94%), pernil (0,57%), frango congelado (0,54%).

Na cesta de higiene e beleza, as principais quedas foram registradas no sabonete (-0,78%) e xampu (-0,08%), e as altas, no papel higiênico (0,99%) e no creme dental (0,22%). Em limpeza, houve recuo em sabão em pó (-1,03%), detergente líquido para louças (-0,42%) e água sanitária (-0,04%).

 

 

De acordo com o levantamento realizado pela Abras entre os dias 10 e 23 de novembro, 62 % dos supermercadistas projetam consumo superior neste Natal, na comparação com o mesmo período do ano passado.

O principal gasto deve vir das cestas de bebidas e de proteínas. Na categoria de bebidas, o consumo deve aumentar 12,3%, em itens como cervejas, cervejas premium, destilados, espumantes, refrigerantes, sucos, vinhos importados e vinhos nacionais.

Já na cesta de proteínas, o crescimento estimado é de 10,1% com produtos da época, dentre eles, aves natalinas, bacalhau, carnes bovinas, frango, lombo, ovos, peixe, pernil, peru e tender.

Os preços, na média nacional, devem ficar 8,9% acima dos registrados no ano passado. A cesta com dez itens natalinos custa, na média nacional, R$ 294,75. Ela é composta de aves natalinas, azeite, caixa de bombons, espumante, lombo, panetone, pernil, peru, sidra e tender.

Na comparação entre as regiões, o menor preço da cesta foi registrado no Centro-Oeste, de R$ 313,30, seguido pelo Sudeste, R$ 316,84, Nordeste, R$ 321,65, Sul, R$ 333,44 e Norte, R$ 320,43.

 

Na comparação com o ano anterior, a maior variação é registrada na região Sudeste (12,2%), seguida pelo Sul (10,7%), Centro-Oeste (9,7%), Nordeste (7,9%) e Norte (4,6%).

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Fonte: TBN


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