Davos: ‘Desglobalização’ pode afetar cadeia global de suprimentos

Guerra na Ucrânia, pressões inflacionárias, crescimento da China, crise energética e pandemia de coronavírus foram alguns dos temas que circularam no Fórum Econômico Mundial, em Davos, que se encerra nesta quinta-feira, 26. No consenso dos economistas, a economia mundial passa por um momento de “fragmentação” da globalização.

O diagnóstico se refere a um colapso do tipo de comércio e investimento livre e transfronteiriço que definiu a ordem econômica global nas últimas três décadas.

Além disso, os especialistas se mostram preocupados com a politização das cadeias de suprimentos e o aumento do protecionismo gerado pela alta da inflação nos países.

O alerta consta em uma pesquisa distribuída na segunda-feira 23. O relatório é assinado 47 nomes ligados a grandes bancos, multinacionais e afiliados ao Fórum.

No documento formulado na última edição do evento, em 2020, os analistas em Davos previam um risco inflacionário no curto prazo. Entretanto, com a guerra na Ucrânia e o fraco crescimento da China, o cenário mudou.

“Estamos à beira de um círculo vicioso que pode afetar as sociedades durante anos”, escreveu Saadia Zahidi, diretora-gerente do Fórum, no relatório. “Os líderes enfrentam escolhas difíceis e barganhas domésticas no que tange à inflação, dívida e investimento”, acrescentou.

Por outro lado, os economistas enxergam a necessidade de algum afrouxamento fiscal. Eles também recomendam uma atenção especial para o setor de energia e apontam que os governos deverão combater a insegurança alimentar através de subsídios.

“As incertezas, risco e tensionamento da economia global são extremamente altos no momento. Os desdobramentos da guerra da Ucrânia estão pressionando economias já enfraquecidas pela pandemia até o limite de sua capacidade, revelando dependências estruturais e trazendo consequências imprevistas”, informa o relatório resultante da pesquisa.

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Fonte: Revista Oeste


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