Criptomoedas têm semana de perdas bilionárias e crise de confiança

O universo das criptomoedas viveu uma semana de preocupação, com quedas e crise de confiança envolvendo ativos conhecidos do investidor. Segundo o site CoinMarketCap, foram cerca de US$ 260 bilhões em perdas somente entre quarta e quinta-feira.

O efeito em cascata de vendas foi deflagrado pelo colapso da TerraUSD, uma moeda digital ancorada no dólar e classificada como stablecoin, um tipo de ativo virtual com valor mais estável ao longo do tempo. É a quarta maior moeda desta categoria.

Criptomoeda desenvolvida para manter a paridade com dólar, com unidade equivalente a US$ 1, a TerraUSD sofreu na semana com ataque especulativo e chegou a cair para US$ 0,22. A negociação da moeda acabou suspensa na Binance, principal bolsa das criptos, e o tombo súbito gerou pressão nos demais ativos.

Investidores que apostavam em outras criptomoedas ficaram com medo de que acontecesse o mesmo com as suas aplicações. Assim, apressaram-se para negociar os ativos e tentar evitar prejuízos. O movimento em massa do mercado resultou em uma desvalorização de diversas moedas.

A perda de valor das criptomoedas nos últimos dias também está vinculada ao posicionamento do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, que vem adotando aumentos graduais de juros para conter a inflação. Como as moedas digitais são ativos de risco, muitos investidores vêm procurando apostas mais seguras, como a renda fixa.

Bitcoin tem perda de 30% no ano

O bitcoin é a moeda mais relevante do universo das cripto, com cerca de 40% do mercado. Nesta sexta-feira, 13, o ativo voltou a ultrapassar os US$ 30 mil.

Em 2022, no entanto, o bitcoin ainda acumula queda de mais de 30%, segundo dados da CoinDesk. Desde a sua maior cotação, em novembro do ano passado (US$ 69 mil), a perda da moeda é superior a 50%.

Na última terça-feira, o bitcoin caiu abaixo de US$ 30 mil, chegando aos US$ 29.76, em seu sexto dia de negócios seguido de baixa. Foi o menor patamar desde dezembro de 2020.

Em 2021, a criptomoeda havia ficado temporariamente abaixo dos US$ 30 mil, durante junho e julho, antes de se recuperar e registrar o máximo histórico em novembro.

Desde sua criação, em 2009, o bitcoin se desenvolveu em um contexto de taxas de juros muito reduzidas. Mas, neste momento, com o Banco Central norte-americano dando sinais de altas sucessivas para conter a inflação, a mais famosa das criptomoedas tende a enfrentar seu maior desafio.

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Fonte: Revista Oeste


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