Não é correto atribuir alta dos combustíveis à Petrobras, afirma Silva e Luna

O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, disse nesta terça-feira, 23, que não é correto atribuir à estatal o aumento no preço dos combustíveis. “A Petrobras reajusta o preço dos produtos observando estas variáveis: mercado externo e mercado interno”, afirmou, em audiência realizada na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE).

Nos últimos sete meses, a Petrobras ficou 95 dias sem alterar o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP); 85 sem aumentar o valor do diesel; e 56 sem elevar o da gasolina. De acordo com Silva e Luna, os 15 reajustes feitos pela empresa resultaram em 38 altas para os consumidores.

“A contribuição da Petrobras no preço da gasolina é de R$ 2,33; a outra parte é etanol, distribuição, revendas, tributos e ICMS”, explicou.

Na última semana, o preço da gasolina nas bombas ficou em R$ 6,75 por litro, estável em relação à semana anterior. O valor é de 6,1% superior aos R$ 6,36 registrados na semana anterior ao reajuste. O aumento na refinaria foi de R$ 0,21 por litro, mas nas bombas a alta chega a R$ 0,39 por litro.

O preço do diesel também se estabilizou. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o produto era vendido na semana passada por uma média de R$ 5,35 por litro no país. O valor é R$ 0,37 superior ao vigente antes do reajuste nas refinarias.

Privatização da Petrobras

Em artigo publicado na Edição 86 da Revista Oeste, Rodrigo Constantino defende a privatização da Petrobras. “Não cabe ao Estado ser empresário, muito menos um xeique do petróleo”, ressaltou o colunista. “O mecanismo de incentivos é perverso, produz ineficiência e corrupção. Mas por décadas os esquemas foram protegidos sob o manto de interesse nacional.”


Fonte: Revista Oeste


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