Anvisa elenca 17 recomendações para vacinação infantil

Imunização infantil contra a Covid-19 deve começar no início de janeiro Foto: Freepik

Em comunicado emitido no último dia 16, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu 17 recomendações para “prevenir erros de administração da vacina” em crianças. Caso as medidas sejam acatadas pelo Ministério da Saúde, elas serão repassadas para as equipes locais de secretarias estaduais e municipais.

Entre as recomendações, estão o treinamento completo das equipes para evitar erros de dosagem, prezar pela aplicação do produto certo e pela sua preparação adequada.

A Anvisa também sugere que evite-se imunização por drive-thru. Em vez disso, que haja uma sala separada para vacinar crianças especificamente com os imunizantes da Covid-19, e que os pequenos permaneçam no local por 20 minutos para observação.

Segundo nota da Anvisa enviada ao portal Metrópoles, as diretrizes buscam “prevenir erros” vinculados a manipulação do imunizante. A entidade destaca ainda que cabe ao Ministério da Saúde decidir a “conveniência e oportunidade” da inclusão de crianças ao Programa Nacional de Imunização (PNI).

– Dessa forma, as informações sobre como e quando será feita a vacinação, assim como a preparação do sistema e a expectativa de números, cabem ao Ministério da Saúde. A responsabilidade da Anvisa é pela avaliação da segurança, eficácia e qualidade da vacina – disse a agência reguladora.

Atualmente, o Ministério da Saúde realiza consulta pública com a população sobre a imunização infantil e somente depois disso deve definir como será a logística de vacinação de crianças. A pasta acrescenta que a inoculação de doses na faixa etária de 5 a 12 anos deve começar no início de janeiro.

CONFIRA AS 17 DIRETRIZES SUGERIDAS PELA ANVISA:
– Que a vacinação das crianças nessa faixa etária seja iniciada após treinamento completo das equipes de saúde que farão a aplicação, uma vez que a grande maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose inadequada e da preparação errônea do produto.

– Que a imunização de crianças seja realizada em ambiente específico e segregado da vacinação de adultos, em ambiente acolhedor e seguro para a população.

– Quando da vacinação nas comunidades isoladas, por exemplo nas aldeias indígenas, sempre que possível, que a imunização de crianças seja feita em dias separados, não coincidentes com a de adultos.

– Que a sala em que se dará a aplicação de vacinas contra a Covid-19, em crianças de 5 a 11 anos, seja exclusiva para essa vacina, não sendo aproveitada para a aplicação de outras vacinas, ainda que pediátricas. Não havendo disponibilidade de infraestrutura para essa separação, que sejam adotadas todas as medidas para evitar erros de vacinação.

– Que a vacina Covid-19 não seja administrada de forma concomitante a outras vacinas do calendário infantil, por precaução, sendo recomendado um intervalo de 15 dias.

– Que seja evitada a vacinação das crianças de 5 a 11 anos em postos de vacinação na modalidade drive-thru.

– Que as crianças sejam acolhidas e permaneçam no local em que a vacinação ocorrer por pelo menos 20 minutos após a aplicação, facilitando que sejam observadas durante esse breve período.

– Que os profissionais de saúde, antes de aplicarem a vacina, informem ao responsável que acompanha a criança sobre os principais sintomas locais esperados (por exemplo, dor, inchaço, vermelhidão no local da injeção) e sistêmico (por exemplo, febre, fadiga, dor de cabeça, calafrios, mialgia, artralgia) outras reações após vacinação, como linfadenopatia axilar localizada no mesmo lado do braço vacinado foi observada após vacinação com vacinas de mRNA Covid-19.

– Que os pais ou responsáveis sejam orientados a procurar o médico se a criança apresentar dores repentinas no peito, falta de ar ou palpitações após a aplicação da vacina.

– Que os profissionais de saúde, antes de aplicarem a vacina, mostrem ao responsável que acompanha a criança que se trata da vacina contra a Covid-19, frasco na cor laranja, cuja dose de 0,2 ml, contendo 10 mcg da vacina contra a Covid-19, Comirnaty (Pfizer/Wyeth), específica para crianças entre 5 a 11 anos, bem como sejam mostrados a seringa a ser utilizada (1 mL) e o volume a ser aplicado (0,2 mL).

– Que um plano de comunicação sobre essas diferenças de cor entre os produtos, incluindo a utilização de redes sociais e estratégias mais visuais que textuais, seja implementado.

– Que seja considerada a possibilidade de avaliação da existência de frascos de outras vacinas semelhantes no mercado, que sejam administradas dentro do calendário vacinal infantil, e que possam gerar trocas ou erros de administração.

– Que as crianças que completarem 12 anos entre a primeira e a segunda dose permaneçam com a dose pediátrica da vacina Comirnaty.

– Que os centros/postos de saúde e hospitais infantis estejam atentos e treinados para atender e captar eventuais reações adversas em crianças de 5 a 11 anos, após tomarem a vacina.

– Que seja adotado um programa de monitoramento, capaz de captar os sinais de interesse da farmacovigilância.

– Que sejam mantidos os estudos de efetividade das vacinas para a faixa etária de 5 a 11 anos.

– Adoção de outras ações de proteção e segurança para a vacinação das crianças, a critério do Ministério da Saúde e dos demais gestores da saúde pública.


Fonte: Pleno.News


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