O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, propôs a troca da moeda do país, que atualmente é o peso, para dólar. A proposta não é nova e tem exemplo em outros países da América Latina.
Três nações do continente optaram pela dolarização da economia: Equador, El Salvador e Panamá. A Venezuela também permitiu a dolarização, mas de modo informal.
O presidente avalia extinguir o Banco Central da Argentina, como uma das formas de combater a inflação crônica que o país vem enfrentando, que pode chegar aos 138% neste ano.
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A expectativa de Milei é que, com a dolarização, o país consiga estabilidade econômica e financeira — que não é proporcionada pelo peso.
El recién elegido presidente de #Argentina, Javier #Milei, se define a sí mismo como “anarcocapitalista”. Quiere reformar radicalmente la economía del país e introducir el #dólar estadounidense. /aa
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Países que adotaram a dolarização
O país adotou a moeda norte-americana em 1904, pouco tempo depois de se tornar independente da Colômbia. O Panamá é o país latino-americano onde o dólar circula há mais tempo como moeda oficial. Atualmente a inflação do Panamá está abaixo de 3% ao ano.
O país passou por uma crise bancária em 2000, com prejuízos de US$ 5 bilhões, e decidiu adotar o dólar como forma de tentar superar a instabilidade econômica. Com a mudança, o Equador conseguiu controlar a inflação em níveis baixos e registrou períodos de deflação. Em 2023, o índice está em 3,10% ao ano.
Em janeiro de 2001, El Salvador decidiu dolarizar sua economia, com o objetivo de tornar o país mais atraente para os investimentos estrangeiros e para o comércio. Em 2021, o bitcoin também foi adotado como moeda de uso legal. Atualmente, a inflação anual para o país está em 3,3%.
Embora não tenha adotado o dólar como moeda oficial, a Venezuela tem uma dolarização informal desde 2018, quando o governo flexibilizou os rígidos controles cambiais, como tentativa de amenizar a crise.
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Fonte: Revista Oeste