Brasileiros representam 30% da população da Guiana Francesa

Um levantamento recente do Ministério das Relações Exteriores mostra que a Guiana Francesa abrigava 91.500 brasileiros em 2022, de um total de 294.071 habitantes.

Ou seja, cerca de 30% da população local entrou no país pela cidade de Oiapoque, no Amapá.

A principal razão que tem feito com que os brasileiros imigrem para a Guiana Francesa é a possibilidade de receber em euro por seus trabalhos. Na cotação atual, € 1 vale cerca de R$ 5,40.

Guiana Francesa: a maior presença brasileira em termos proporcionais

De acordo com o Itamaraty, ao todo, 4,5 milhões de brasileiros vivem no exterior, principalmente nos Estados Unidos (com 1,9 milhão de residentes) e em Portugal (360 mil).

A Guiana Francesa é a décima principal presença brasileira em uma localidade estrangeira, à frente de países como a Argentina, com 90,3 mil, e a própria França, com 90 mil. Entretanto, em termos proporcionais, é a maior.

Entre os vizinhos da América do Sul, a Guiana Francesa tem a segunda maior comunidade de brasileiros: fica atrás apenas do Paraguai, com 254 mil.

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Os dados do Ministério mostram que, em 2019, o número de brasileiros que viviam na Guiana Francesa era de 58.250. Em 2020, passou para 72.300 e, em 2021, para 82.500.

A estimativa do Itamaraty é que a maioria dos imigrantes (89 mil) vivem na capital, Caiena, a 200 km da fronteira, e os outros 2,5 mil na região da fronteira, no entorno da cidade de Saint Georges de L’Oyapock.

Como departamento ultramarino pertencente à França, a Guiana Francesa é considerada o maior território europeu fora da Europa. Sua moeda é o euro, e a economia local baseia-se na pesca e na extração mineral.

Ao cruzarem o Rio Oiapoque, os imigrantes brasileiros — na maioria homens que residem próximo à fronteira — dedicam-se à construção civil e ao garimpo.

Medidas para conter a imigração e a negociação com o Amapá

Nos últimos anos, o governo francês implantou medidas para conter a entrada ilegal de imigrantes, como a exigência de um visto de turismo e a necessidade de obtê-lo em Brasília. Houve ainda a suspensão das emissões em Macapá, capital mais próxima à fronteira.

Em comunicado, o governo do Amapá informou, em julho, que tentava fazer um acordo com a França para retomar a retirada de vistos.

Outro documento que a administração estadual deseja emitir é a carta transfronteiriça, que irá permitir aos moradores de Oiapoque passarem até 72 horas no município de Saint Georges de L’Oyapock.

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Fonte: Revista Oeste


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